A doença renal crônica é a perda lenta do funcionamento dos rins. A principal função dos rins é remover os resíduos e o excesso de água do organismo. As duas causas mais comuns e responsáveis pela perda da função renal são a diabetes e hipertensão. O diagnóstico precoce e o encaminhamento imediato para o nefrologista são etapas essenciais no manuseio desses pacientes, pois possibilitam a educação pré-diálise e a implementação de medidas preventivas que retardam ou mesmo interrompem a progressão para os estágios mais avançados da DRC, assim como diminuem morbidade e mortalidade iniciais. E a desnutrição tem sido constante em pacientes com insuficiência renal crônica. O estado nutricional e as necessidades nutricionais destes pacientes são afetados por vários fatores, entre eles anorexia, não adesão à dieta, restrição alimentar e o processo dialítico. O fornecimento adequado de nutrientes nas diversas etapas do tratamento do paciente é importante para manter e/ou recuperar o estado nutricional, prevenir e/ou minimizar a toxicidade urêmica e os distúrbios metabólicos secundários à doença em si e até mesmo retardar a progressão da falência renal. O paciente que apresenta insuficiência renal crônica (IRC) mas ainda não está sendo submetido à diálise (fase pré-diálise ou tratamento conservador) deve cuidar de sua alimentação, principalmente no que se diz respeito ao sódio e a proteína de origem e animal.O tratamento conservador tem como meta auxiliar a redução do ritmo da progressão da doença renal, utilizando-se de orientações dietéticas que objetivam a promoção de um estado nutricional adequado, controle dos distúrbios metabólicos e da sintomatologia urêmica.
Por Cristiane Salgado – CRN 8689