Ela é uma das condições mais preocupantes da atualidade porque é porta de entrada para várias doenças crônicas, como diabetes, hipertensão arterial, dislipidemia e outras doenças cardiovasculares, e agora a obesidade é fator de risco para COVID-19.
Com a pandemia do coronavírus, a necessidade de buscar meios de reduzir a obesidade ganha mais um motivo. Além de termos uma população que está mais em casa e, portanto, mais sedentária e muitas vezes comendo mais ou pior por conta de estresse, ansiedade e preocupações, temos também a constatação de que a obesidade é um fator de risco para COVID-19.
Em 13 de abril, o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos) atualizou as comorbidades de risco para COVID e incluiu a obesidade. No Reino Unido isso já havia sido feito antes, em 16 de março. Ambos os países chamam a atenção principalmente para pacientes com Índice de Massa Corporal acima de 40kg/m², classificados como obesidade grau III.
Classificando os mortos pela doença no Brasil conforme grupos de risco, o único grupo em que os idosos não são maioria é o de obesos, segundo o último Boletim Epidemiológico sobre COVID-19 do Ministério da Saúde.
Mas por que obesos estão no grupo de risco para COVID-19?
O motivo é a pior capacidade respiratória que essa população tende a ter. Em geral, obesos têm maior resistência nas vias aéreas, ou seja, maior dificuldade de movimentar o fluxo de ar até os pulmões, além de volume pulmonar mais baixo e músculos respiratórios mais fracos. Esses fatores podem causar também maior estresse para o coração.
Existe um outro agravante relativo ao cuidado intensivo desses pacientes: devido ao peso, o manejo do paciente obeso no leito é mais difícil para a equipe de saúde durante manobras respiratórias de emergência.
Qual o impacto da obesidade como fator de risco para o COVID-19 no Brasil?
Considerando que praticamente 1 em cada 5 brasileiros adultos estão com obesidade, e metade da população está acima do peso ideal, a notícia de que obesidade é fator de risco para COVID-19 se torna mais preocupante ainda.
Nos últimos anos, percebemos um aumento na busca por uma vida mais saudável com a valorização de nutricionistas e aumento da procura por produtos “fit”. Mas então por que o número de obesos é tão grande? Não é tão simples responder, mas alguns motivos são a maior disponibilidade de produtos ultraprocessados, ricos em farinha, gordura e açúcar, e a busca por dietas restritivas, que a longo prazo acabam aumentando o peso e levando a uma pior relação com os alimentos.
As empresas podem ajudar a proteger seus colaboradores desse fator de risco que é a obesidade?
Não há dieta milagrosa a ser feita agora que vá emagrecer uma população do dia para a noite e a pandemia já está entre nós há mais de dois meses. Mas, segundo a Organização Mundial da Saúde, o vírus deve circular ainda por muito tempo, podendo se tornar endêmico. Além disso, com o isolamento social, os índices de obesidade podem aumentar ainda mais, já que as pessoas estão mais sedentárias e não necessariamente estão se alimentado bem por estarem em casa.
Considerando que obesidade é o primeiro passo em direção ao desenvolvimento de outras doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e dislipidemias, se conseguirmos reverter esse quadro conseguimos também evitar essas doenças em muitos casos.
Por isso, acredito que “esperar tudo voltar ao normal” para então planejar os investimentos em Programas de Qualidade de Vida não é uma opção. Quando isso vai passar? Vamos realmente voltar a ter o mundo de antes? Não sabemos. O que sabemos é que saúde ganhou mais importância e nos mostrou uma necessidade urgente de investir em promoção para não ter que sofrer com as consequências das doenças.
Como reduzir índices de obesidade entre os colaboradores durante esse momento?
Felizmente, vivemos em um mundo guiado pela tecnologia, e é ela que tem ajudado a adaptar as atividades de trabalho e de saúde também.
Para empresas que entendem a importância de zelar pela saúde de seus colaboradores, várias ações para enfrentamento da obesidade e doenças crônicas podem ser feitas. Como a obesidade é uma doença causada principalmente pela má alimentação, as ações devem ser direcionadas para auxiliar colaboradores nas dificuldades que estão tendo nesse período em casa:
- Ensinar a fazer compras de melhor qualidade
- Mostrar como ter praticidade na hora de cozinhar
- Ensinar técnicas para preparar alimentos mais saudáveis
- Auxiliar com estratégias para lidar com a interferência das emoções na forma de se alimentar
E como fazer isso?
Através de ações coletivas para os colaboradores, como:
- Workshops ou apresentações ao vivo ou gravados com nutricionistas
- Criação de materiais digitais, como e-books, vídeos e podcasts sobre alimentação saudável
- Orientação nutricional em grupos online, com metodologia específica para reeducação alimentar
- Oficinas nutricionais que mostrem na prática como se alimentar melhor, como dicas de organização na cozinha e receitas fáceis
- Disponibilização de aplicativo de celular especializado onde o colaborador pode aprender através de gamificação, anotar suas metas e receber notificações sobre saúde.
Ou usando estratégias mais precisas que podem atingir todos os colaboradores, mas de forma mais eficaz e individualizada, como:
- Atendimento nutricional individual online
- Utilização de aplicativo de celular especializado, onde, além de existir videochamada com nutricionista, o colaborador pode acompanhar seus indicadores físicos, ver seu plano alimentar e cardápio semanal, receber notificações sobre saúde, preencher um diário alimentar, enviar fotos do seu prato para o nutricionista e complementar o atendimento com gamificação.
Nós podemos te ajudar a adaptar as ações acima para sua empresa ou desenvolver novas estratégias de promoção de saúde através da alimentação saudável. Entre em contato com a Energié!