Comer intuitivo, você faz ideia do que seja isso?
Esta é uma abordagem criada em 1995 pelas americanas Evelyn Tribole e Elyse Resch, que visa integrar corpo, mente e comida. O comer intuitivo ensina as pessoas a terem uma relação saudável com a comida, se tornarem mestres de seus próprios corpos e serem menos influenciadas por fatores externos, como crenças alimentares, mídias sociais, dietas e padrões de beleza.
A proposta do comer intuitivo é baseada em 3 pilares:
- Permissão incondicional para comer, sem julgar os alimentos como bons ou ruins.
- Comer para atender às necessidades fisiológicas e não emocionais.
- Confiança nos sinais internos de fome e saciedade para guiar quando e quanto comer.
10 Princípios do Comer Intuitivo
Esses pilares são trabalhados através de 10 princípios:
1. Rejeitar a mentalidade de dieta
Abandonar o ato de estar de dieta é essencial para comer de forma intuitiva, ouvindo o seu corpo. Dietas podem bagunçar os sinais de fome e saciedade, favorecer exageros alimentares e serem um gatilho para transtornos alimentares e compulsão.
2. Honrar a fome
Perceber os sinais de fome, como ‘’ronco na barriga’’, perda de energia, irritabilidade, desatenção e atender a estes sinais, comendo. Ao contrário do que muita gente pensa, sentir fome não é errado. A fome é só um sinal fisiológico do corpo, assim como o sono, por exemplo. E como todo sinal fisiológico, deve ser respeitado.
3. Fazer as pazes com a comida
Não classificar os alimentos como bons ou ruins, permitidos ou proibidos, uma vez que a privação pode intensificar à vontade por estes alimentos e acarretar em exageros alimentares ou compulsão. Ao acabar com as regras externas, é possível escolher os alimentos de forma neutra e a probabilidade de descontrole alimentar diminui.
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4. Desafiar o policial alimentar
Eliminar a voz interna que avalia se você está cumprindo a dieta, ou que diz que você é uma pessoa ‘’ruim’’ porque comeu um pedaço de bolo. A culpa não ajuda a melhorar a relação com a comida.
5. Sentir a saciedade
Aprender a ouvir o sinal de saciedade, a comer quando ainda estiver com fome e a parar de comer quando estiver confortavelmente cheio. Pratique esse exercício parando de comer por um instante no meio da refeição e percebendo este sinal.
6. Descobrir o fator satisfação
Muitas vezes ao buscar continuamente o emagrecimento a alimentação perde um fator muito importante que é a satisfação ao comer. Porém, comer com satisfação propicia uma maior prazer e percepção da saciedade, e, portanto, a propensão em ingerir uma quantidade menor de comida.
7. Lidar com as emoções sem usar a comida
É fato que culturalmente existe uma conexão muito forte entre comida e sentimentos, porém é preciso encontrar outras formas de conforto e distração para além da comida. Além disso, o comer em resposta às emoções não só não resolverá os problemas como ainda irá criar outros.
8. Respeitar seu corpo
Compreender que cada genética é única e que não existe uma forma corporal certa. Algumas coisas não podem e não precisam ser mudadas.
9. Exercitar-se sentindo a diferença
Mudar o foco para como você se sente e o bem-estar que o exercício proporciona ao invés de quantas calorias você gasta. É preciso manter o corpo em movimento, porém, acordar somente para queimar calorias pode ser algo nada estimulante.
10. Honrar a saúde – praticar uma nutrição gentil
O conhecimento nutricional deve ser utilizado de forma flexível para lhe ajudar a fazer escolhas que atendam suas necessidades físicas, sociais e culturais.
Se identificou com a abordagem do comer intuitivo?
Então, que tal praticar os princípios na hora de se alimentar? Coma intuitivamente e transforme a sua relação com a comida!