adoçantes

Adoçantes: Consumí-los ou não? Diferenças entre naturais e artificiais.

Os adoçantes são aditivos alimentares de sabor extremamente doce utilizados em alimentos e bebidas para substituir totalmente ou parcialmente o açúcar e, consequentemente, reduzir o valor calórico da preparação. Além dos indivíduos diabéticos, pessoas que desejam reduzir o peso costumam inserir esse aditivo nas suas preparações e, quando chegam ao mercado, se deparam com diversas marcas e tipos de adoçantes diferentes. E ai, você sabe qual a diferença entre eles?
Existem no mercado dois tipos de adoçantes, os naturais e os artificiais:
Os adoçantes naturais são aqueles extraídos de plantas, frutas, entre outros, sem passar por nenhum tipo de reação química. Alguns dos adoçantes que fazem parte desse grupo são: Frutose, stévia, agave azul, sorbitol, manitol. Já os adoçantes artificiais são aqueles produzidos pela indústria através de reações químicas, nessa classe encontramos o acessulfame-K, sucralose, ciclamato, sacarina e aspartame.
Veja no quadro a seguir as principais diferenças entre eles:
Tipos e Características dos Adoçantes
Posso consumir adoçante à vontade?
Não! Tanto os adoçantes naturais, como os artificiais, passam por uma análise toxicológica antes de serem aprovados e, quando aprovados, são estabelecidos valores de ingestão diária aceitável (IDA) de cada um deles, que seria o limite máximo que podemos ingerir daquele ingrediente por dia. E é importante lembrar que essas recomendações se referem a todos os produtos que contenham adoçante, como refrigerantes e produtos diet, não só ao adoçante em si adicionado por você nas preparações!
Segue abaixo as recomendações para consumo diário de cada tipo de adoçante:
Tabela com as Recomendações das doses diárias de Adoçantes Em geral, a Food and Drug Administration (FDA) recomenda que o consumo diário de adoçantes seja de 4 a 6 pacotinhos de 1 grama quando for em pó ou de 9 a 10 gotas para os líquidos.
Afinal, devo consumir adoçante?
Hoje vivemos um tempo em que adoçamos qualquer coisa. Muitas pessoas fazem isso no automático, simplesmente porque estão há anos fazendo esse mesmo processo, mas você já parou para pensar se realmente é necessário adoçar alguns tipos de alimentos? Será mesmo que precisamos adoçar um suco, uma salada de frutas, uma banana? As frutas já tem seu açúcar natural, a frutose, que é inclusive um adoçante natural, lembram? Vamos tentar sair um pouco desse piloto automático, desse vício de adoçar tudo, sendo com açúcar ou adoçante, e utilizá-los em situações que realmente seja necessário. A princípio pode ser um pouco difícil, pois seu cérebro está acostumado com o sabor doce e você pode inclusive achar que uma fruta sem açúcar, por exemplo, ficou “sem gosto”, isso ocorre porque o açúcar mascara o sabor original dos alimentos, sendo ele o sabor que sobressai. E o que fazer no caso de algumas preparações que realmente precisamos adoçar? Escolha um adoçante natural, sempre respeitando a ingestão máxima recomendada e fique atento aos rótulos, pois muitas indústrias misturam mais de um tipo de adoçante no mesmo frasco. E lembre-se! Cada caso é um caso, procure seu nutricionista para verificar o seu e lhe orientar sobre as melhores escolhas. Bibliografia: VIGGIANO, C.E. O produto dietético no Brasil e sua importância para indivíduos diabéticos. Revista Brasileira de Ciências da Saúde. São Caetano do Sul, v. 1, n.1, p.36-42, jun. 2003. https://www.abras.com.br/cartilhaadocantes.pdf https://www.einstein.br/einstein-saude/NUTRICAO/Paginas/adocantes-saiba-como-usar.aspx
Por Isabela Costa Feitosa Nutricionista – CRN6/12899