Comer tâmara acelera o trabalho de parto?

Comer tâmara acelera o trabalho de parto?

Por acaso você já ouviu falar que comer tâmara acelera o trabalho de parto? Será que essa fruta pouco consumida no Brasil, mas extremamente apreciada nos países orientais seria capaz de trazer efeitos benéficos durante a gravidez e parto?

Vamos dar uma olhada nisso aqui!

A tâmara é uma fruta cultivada há milênios pelos países do Oriente Médio e Ásia. Por lá existe inclusive um ditado: “Quem planta tâmaras, não colhe tâmaras.” Que é explicado pelo tempo longo que se leva para colher as tâmaras (80-100 anos).

Contam que um jovem, certa vez, perguntou a um velho sábio que cultivava tamareiras, o porquê de ele fazer isso, já que não colheria essas tâmaras. O sábio então respondeu: “Se todos pensassem como você, ninguém comeria tâmaras.”

Essa bela alusão a deixar um legado pode também ser uma importante mensagem para as gerações atuais, que buscam imediatismo.

Falando de imediatismo, digamos que as coisas não são tão imediatas durante uma gravidez. E pensar em um trabalho de parto demorado pode levar muitas mulheres a optarem por uma cesariana com hora e data marcada.

Há uma grande discussão sobre as taxas de cesarianas realizadas no Brasil. E apesar de a grande maioria das mulheres demonstrarem interesse em terem um parto normal no início da gestação, poucas mantém essa vontade ao final.

Essa é uma discussão para outros profissionais de saúde, porém, diante das reais indicações para se fazer uma cesária, nenhuma delas envolvem hábitos alimentares como fatores de risco. Mesmo assim, sabe-se que uma alimentação adequada, antes, durante e após a gestação é um fator chave para a manutenção da saúde do feto/bebê e da mãe.

Mas será que um alimento pode ter influência no tempo que dura o parto, na dilatação ou até na necessidade de intervenções? Será que a tâmara acelera o trabalho de parto? Tudo indica que sim!

A tâmara

A tâmara é uma fruta riquíssima em carboidratos simples e com alto índice glicêmico, portanto tudo o que será dito aqui vale para gestantes de risco habitual e obviamente não inclui aquelas que apresentam diabetes gestacional.

Além de alto teor de carboidratos, a tâmara também apresenta minerais e, principalmente, fitoquímicos, que podem ser os reais responsáveis pelas propriedades benéficas no trabalho de parto.

Comparada com outras frutas, comumente consumidas (maçã, laranja) e algumas outras berries famosas por serem chamadas de “superalimentos” (blueberries e cranberry) as tâmaras apresentam valores muito mais elevados de vitaminas e minerais como:

  • Ferro
  • Magnésio
  • Fósforo
  • Potássio
  • Zinco
  • Cobre
  • Manganês
  • Selênio
  • Vitamina B3
  • Vitamina B5
  • Vitamina B6

Além desses nutrientes muito bem conhecidos pela população, existem também os nutrientes não tão famosos, mas que desempenham papel muito importante na saúde. As tâmaras contêm fitoquímicos, que são substâncias presentes em alimentos de origem vegetal, que tem papel na sobrevivência desses vegetais, mas agregam valor nutricional para nós humanos.

Alguns desses nutrientes especiais das plantas presentes nas tâmaras são:

  • Fitoestrógenos – moléculas vegetais que mimetizam as funções do estrogênio (hormônio feminino).
  • Antioxidantes – nutrientes capazes de combater as ações dos radicais livres.
  • Antocianinas – responsáveis por cores mais arroxeadas nos vegetais, elas também atuam como antioxidantes.
  • Lignanas – nutriente que tem a capacidade de neutralizar os efeitos do estrogênio.

Olha que interessante, uma fruta apresenta ao mesmo tempo um nutriente que atua como estrogênio e um outro que neutraliza esse efeito. Talvez essa seja a real interferência da tâmara no trabalho de parto.

Mas vamos mais adiante na discussão desse possível método alternativo de indução de parto.

Estudos sobre tâmaras na gravidez

As tâmaras fazem parte da dieta habitual das populações do Oriente Médio. E por lá os benefícios medicinais e milenares dessa fruta são bem disseminados. É uma fruta que leva até ares de religiosa para algumas pessoas. E é descrita inclusive no Alcorão como uma boa fonte de nutrientes.

Descubra quais os cuidados alimentares que se deve ter durante a gravidez clicando aqui.

Será que essa fruta é realmente divina?

Foram sim feitos estudos que demonstrassem os efeitos da tâmara no trabalho de parto. Os principais achados relacionados a esse tema foram que as gestantes que consumiram tâmaras a partir da 36ª semana de gestação apresentaram fases latentes menos demoradas, além de maior dilatação quando da internação.

Houve também menor necessidade de intervenção com ocitocina sintética nos partos daquelas que consumiram tâmaras durante a gestação. Em outro estudo, demonstraram inclusive que o consumo de tâmaras durante a fase ativa do trabalho de parto, também reduziu o tempo da mesma. E mais, houve a comparação do uso de ocitocina intramuscular versus consumo de tâmara imediatamente após o parto e concluíram que as mulheres que consumiram tâmaras apresentaram menor sangramento pós-parto que aquelas que tiveram injeção de ocitocina.

Parece mesmo que a tâmara é essa maravilha, não é?

Mas é importante falar que todos os estudos realizados para observar o efeito das tâmaras no trabalho de parto são do Oriente Médio e Ásia. E o consumo de tâmara pelas populações desses estudos é tido como uma sabedoria popular para auxiliar no trabalho de parto. E quando se trata de evidência científica, a maior delas é o ensaio clínico, que leva em consideração a intervenção que foi realizada na população de estudo e o quanto houve de controle nessa intervenção no grupo que usou o alimento em questão e aquele que não usou.

Agora vamos fazer uma analogia? Imagine que arroz e feijão sejam alimentos quase que divinos aqui no Brasil (eu diria que quase são mesmo, rs!). Imagine ainda que todos no Brasil já tivessem ouvido falar que grávidas DEVEM comer arroz e feijão, porque isso ajuda a ter um trabalho de parto mais rápido, uma dilatação mais rápida e previne hemorragias. Imagina agora dizer para uma gestante não comer arroz e feijão para você dar uma olhada no que acontece quando comparar com aquelas que comeram?

Então, falar para uma gestante do Oriente Médio não consumir tâmaras durante a gestação pode surtir um efeito nocebo, que é o contrário do efeito placebo. Ou seja, dizer que uma grávida não deveria consumir tâmaras, quando ela acredita que isso é um poderoso auxiliar do trabalho de parto, pode fazer com que ela entenda que está prejudicando o seu parto. Isso é discutido em alguns artigos, pois foi um fator que limitou o tamanho da população de estudo, que não aceitou fazer parte do grupo controle, o que não consumia tâmaras.

Tâmaras fazem parte habitualmente do padrão alimentar da população do oriente médio e é um alimento típico dessas regiões, está até nas pirâmides e guias alimentares dos países.

O que eu estou querendo dizer?

É claro que toda mulher que deseja partir para um parto normal quer um trabalho de parto mais rápido, menos dolorido e com nenhuma intercorrência, mas também é claro que só o consumo de tâmaras não será o responsável por isso.

Importante ter bons hábitos alimentares, fazer atividade física, um acompanhamento pré-natal de qualidade e um arsenal de boas fontes de informação, para que o seu parto seja o melhor possível.

As tâmaras podem ser um coadjuvante!

Então como usar as tâmaras para conseguir os possíveis benefícios?

Afinal tâmara acelera o trabalho de parto ou não?

O que ficou evidenciado nesses estudos que mencionei seria começar o uso das tâmaras a partir das 36 semanas de gestação, na quantidade que pode variar de 6-8 ao dia. A tâmara é uma fruta consumida seca e é bastante doce, então pode servir como um meio de adoçar receitas. Os artigos também ressaltam que não precisam ser consumidas puras.

Dá uma olhada no que se deve comer para ter uma gravidez saudável clicando aqui!

Vou deixar para vocês uma receita que usei na minha gestação. Não tenho como dizer se meu parto foi menos ou mais dolorido do que o que eu teria se não comesse as tâmaras, mas foi o meu parto dos sonhos e as tâmaras foram ótimos docinhos!

Bombom de tâmara

Ingredientes

  • 200g de tâmaras secas sem caroço (15 unidades)
  • 30g de avelãs (3 colheres de sopa)
  • 15g de cacau em pó 100% (1,5 colher de sopa)

Modo de preparo

Caso a tâmara esteja muito seca, deixe um pouquinho de molho em água morna.
Passe as avelãs no processador até virar um farelo grosso. Separe.
Passe as tâmaras no processador até virar uma pasta. Vá acrescentando a “farinha” de avelã, provando para ver se o gosto tá bom pra você.

Quando chegar no ponto que gostar, coloque a massa em um prato e vá acrescentando o cacau em pó até chegar no sabor que te agrade também.

Curtiu? Modele as bolinhas e pode passar na avelã ou no cacau em pó.

Guardar em geladeira, acredito que dure bastante, porque são componentes secos.
Pode usar qualquer oleaginosa. Acredite, não precisa de açúcar.

Afinal, se a tâmara acelera o trabalho de parto ou não, o legado que esse papo sobre tâmaras na gravidez deixa é:

Paciência, informação, amor e um docinho ajudam a deixar a chegada de bebês no mundo muito mais gostosa!

Porque um Programa de Qualidade de Vida Nutricional é mais eficaz do que ações isoladas

Porque um Programa de Qualidade de Vida Nutricional é mais eficaz do que ações isoladas

Em muitas empresas, quando se começa a estruturar ações nutricionais na área de saúde, os gestores pensam em ações pontuais, como palestras, materiais informativos e workshops em vez de um programa de qualidade de vida nutricional.

Essas são excelentes iniciativas para despertar a curiosidade dos colaboradores sobre nutrição e introduzir o tema alimentação saudável na empresa.

Mas até onde ações pontuais são eficazes para a mudança de hábitos?

Mudar hábitos de saúde que foram construídos durante toda uma vida não é simples. Sabe aquela história de que escovar os dentes com a mão não dominante é bom para exercitar o cérebro? Você com certeza já ouviu isso algum dia. E provavelmente nesse dia até fez o exercício de escovar com a outra mão, mas nos dias seguintes seguiu segurando a escova com a mesma mão de sempre.

Isso acontece porque a vida inteira teve esse hábito e, mesmo sabendo que pode ser interessante inverter, você foi lembrado disso apenas uma vez. Ou seja, a informação foi passada, mas o hábito não foi construído.

Assim acontece com a mudança de hábito alimentar. Sabemos que comer frutas, legumes e verduras diariamente é importante. Mas quem não tinha esse hábito na infância tem dificuldade em construí-lo na vida adulta.

É por isso que ações pontuais sobre alimentação saudável são importantes, mas não suficientes para melhorar a forma de se alimentar para sempre.

Atualmente, no Brasil, a obesidade atinge 1 a cada 5 pessoas e diabetes, hipertensão arterial e doenças cardiovasculares então entre as principais causas de morte. E a chave para melhorar essas estatísticas está na alimentação saudável como prevenção e não apenas tratamento dessas doenças. Mas é preciso orientação de longo prazo para vermos a efetividade de um processo de reeducação alimentar.

Porque um Programa de Qualidade de Vida Nutricional é mais eficaz do que ações isoladas

Um estudo feito na Austrália com usuários de um plano de saúde privado mostrou como a perda de peso através de um programa de emagrecimento se mantém quando o acompanhamento é maior.

Os participantes tinham IMC acima de 28kg/m² (ou seja, tinha excesso de peso) e foram orientados por 4 meses sobre alimentação saudável e atividade física, podendo interagir com os profissionais de forma remota. A perda de peso média foi de 9kg.

Após esse tempo, parte dos participantes continuou a ser acompanhado por mais 1 ano, enquanto o restante não. Aqueles que continuaram o acompanhamento conseguiram muito mais sucesso na manutenção do peso perdido do que os que apenas tiveram acompanhamento pelos 4 meses iniciais.

A metodologia do Programa de Qualidade de Vida Nutricional da Energié tem como base o atendimento nutricional individual contínuo. Os participantes são acompanhados mensalmente por nutricionista e, mesmo após a alta do programa, retornam para consultas de acompanhamento um pouco mais espaçadas, além de terem a possibilidade de contato por chat com o nutricionista sempre que precisarem de auxílio.

O Programa é complementado por outras ações de suporte, como campanhas de educação nutricional na empresa, envio de materiais digitais, aplicativo para celular e auditorias e modificações na qualidade nutricional dos cardápios das unidades de alimentação e nutrição. Dessa forma, mantemos uma melhor adesão e a chance do o colaborador interromper a mudança de hábitos é menor.

A Energié realiza a gestão integrada das ações nutricionais individuais e de suporte realizadas nas empresas. Acreditamos na reeducação alimentar como um processo contínuo de mudança de hábitos para levar mais saúde e qualidade de vida às empresas, evitando doenças crônicas e economizando nos custos com planos de saúde e absenteísmo.

Para entender melhor a nossa metodologia de atendimento, entre em contato através do site.

Alimentação na pandemia: como o COVID-19 afetou os hábitos alimentares dos brasileiros?

Alimentação na pandemia: como o COVID-19 afetou os hábitos alimentares dos brasileiros?

Com o avanço da pandemia mundial de coronavírus a vida de todos mudou de alguma forma. E com isso novos hábitos de vida surgiram: uso de máscaras, lavagem das mãos frequentemente, uso de álcool em gel… Mas e a alimentação? Será que os hábitos alimentares das pessoas mudaram durante a pandemia? Será que foi uma mudança para melhor ou para pior? É sobre isto que vamos falar hoje! Confira!

Uma pesquisa realizada pela Fiocruz em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais e a Universidade Estadual de Campinas chamada ConVid – Pesquisa de Comportamentos, analisou como a pandemia vem afetando a vida dos brasileiros. A pesquisa contou com a participação de 44.062 mil pessoas que colaboraram para a pesquisa via contato online no período entre 24 de abril a 8 de maio de 2020. Durante o texto vou te apresentar alguns dos resultados da pesquisa. Para conferir na íntegra o estudo, você pode clicar aqui.

O que mudou: em compras e armazenamento/estoque de alimentos!

Sobre as compras:

Neste momento, em que a recomendação é de ficar em casa, muitas pessoas quando vão às compras no mercado tentem a preferir os alimentos que duram mais. Estes alimentos tendem a ser mais calóricos e menos nutritivos do que comidas frescas, o que pode deixar as pessoas em condições vulneráveis para o desenvolvimento de doenças.

Porém, nem todos os alimentos congelados são totalmente ruins para o consumo, o que temos que cuidar é com a frequência do consumo e os ingredientes que contêm. Por isso, confira neste texto algumas opções saudáveis para comprar no supermercado. Este texto também tem opções saudáveis para você.

Sobre o armazenamento dos alimentos:

O que mudou? Bem, o cuidado com a higienização dos alimentos aumentou e muito com a pandemia! Todos os alimentos antes de serem guardados na despensa ou geladeira devem ser higienizados com álcool 70%, a fim de não trazer a contaminação para dentro de casa.

Sobre o estoque de alimentos:

Durante o começo da pandemia, muitas pessoas começaram a estocar alimentos, pelo medo da possível falta que poderia acontecer nos mercados. Porém, segundo o agrônomo José Graziano da Silva, não há risco iminente de ter falta de alimentos no Brasil. Com o passar dos meses, esta situação de querer estocar os alimentos começou a minimizar e as pessoas se conscientizaram que não havia a necessidade de comprar em grandes quantidades.

O que mudou: estamos cozinhando mais ou menos?

Isto varia, algumas pessoas passaram a cozinhar mais em casa durante a pandemia. Logo, novos hábitos alimentares na cozinha e buscas por receitas aumentaram nos últimos meses, se tornando até hobbies para se passar o tempo de forma mais rápida.

Em contra partida, o serviço de delivery também aumentou. Isto se deve ao aumento de entregas de mercados, farmácias, restaurantes e outros serviços. E é neste momento que se inicia o questionamento: as pessoas estão pedindo mais comidas prontas? Com que frequência estes pedidos são realizados pelas famílias brasileiras? Esses são dados que não temos ainda até que novos resultados de pesquisas sejam disponibilizados.

Estresse emocional e comportamento alimentar

A pesquisa que citei no começo do texto, a ConVid, mostrou que as mulheres estão sendo mais afetadas do que os homens quando falamos de “estado de ânimo”. O percentual das mulheres que se sentiram tristes/deprimidas durante a pandemia foi de 50%, enquanto entre os homens foi de 30%. Em relação a se sentir ansioso/nervoso, as mulheres também estão à frente com 60% e os homens 43%.

Toda esta situação faz com que algumas pessoas descontem na comida o que estão sentindo. E cada indivíduo responde de uma forma. Alguns perdem a fome e outros tendem a aumentar o consumo de alimentos.

É como se fosse uma resposta consciente ou inconsciente para talvez suprir emoções negativas como a ansiedade, frustração ou medo. E a relação com o aumento do consumo dos alimentos está relacionada com conforto ou prazer para suprir estes sentimentos. Mas o que há de ruim nisto para a nossa saúde?

Normalmente, quando você fica ansioso ou nervoso você tem vontade de comer salada? Acho que não, né? A vontade é de alimentos mais calóricos com elevado teor de sal, açúcar ou gordura, mesmo você não estando com fome. E o ataque à geladeira acaba ocorrendo, não é mesmo?

Pensando nisto uma alternativa é aumentar a nossa saciedade. Confira como fazer isso nesse texto aqui.

Falta de atividade física

Para evitar que apareçam alguns quilos indesejados durante a pandemia é necessário que haja um equilíbrio entre o que você consome de calorias e o que você gasta com a atividade física.

O que a pesquisa tem mostrado é que o sedentarismo aumentou entre os brasileiros neste período de pandemia. Entre as pessoas que faziam atividade física três ou quatro dias por semana, 46% interromperam os exercícios, já entre as que faziam cinco dias ou mais por semana, o percentual é de 33%.

O tempo médio assistindo à televisão foi de 3 horas, aproximadamente, representando um aumento de 1 hora e 20 minutos em relação ao tempo médio antes do isolamento. E isto faz com que o desenvolvimento de sedentarismo entre a população aumente.

O que é recomendado? Pelo menos 30 minutos realizado alguma atividade física por dia, adequando com o espaço que você tem em casa.

Falta de rotina social/profissional

A pesquisa analisou que durante a pandemia, 23% das pessoas que participaram da pesquisa relataram uso de tablet ou computador por 8 horas ou mais e o tempo médio de uso desses aparelhos foi de mais de 5 horas, representando um aumento de 1 hora e meia em relação ao período anterior às medidas de distanciamento social.

Estes dados podem estar relacionados com a nova relação com o home office, utilizado por muitas empresas, para manter o isolamento social entre os seus colaboradores.

O que é importante? Criar uma rotina para o seu dia, assim você prioriza o seu tempo para realizar diversas atividades e separa um tempo para cuidar de você também.

Aumento de hábitos nada saudáveis: cigarro e álcool

Segundo a pesquisa, entre os fumantes, 23% aumentaram cerca de dez cigarros por dia e 5%, mais de 20. E na totalidade da população, 18% relataram aumento no uso de bebidas alcoólicas durante a pandemia. O maior aumento ocorreu entre as pessoas de 30 a 39 anos de idade (26%). Esse crescimento foi associado à frequência de se sentir triste ou deprimido: quanto maior a frequência, maior o aumento do uso de bebida alcoólica, o que é prejudicial para a saúde.

10 dicas práticas para um estilo de vida mais saudável em tempos de covid-19

  1. Planeje as refeições com antecedência: isso permitirá que você faça compras de modo mais consciente e ofereça a você e a sua família refeições mais saudáveis.
  2. Mantenha-se hidratado: não esqueça de beber água! Evite bebidas açucaradas e bebidas alcoólicas.
  3. Limite o consumo de alimentos industrializados: cozinhe com a sua família, faça as preparações em casa e evite o consumo dos alimentos industrializados.
  4. Evite excessos: sabemos que quando exageramos no consumo dos alimentos podemos sentir desconforto na digestão.
  5. Consuma os alimentos com atenção plena! Isso é muito importante para se ter mais prazer e saciedade durante a refeição. Por isso, pratique o mindful eating! Confira mais sobre mindful eating aqui.
  6. Evite períodos longos sem comer: faça pelo menos 5 refeições durante o dia. É uma boa estratégia para manter o apetite controlado e evitar o consumo de alimentos altamente calóricos.
  7. Tenha uma boa noite de sono: crie uma rotina para o sono, evite dormir muito tarde ou ficar em frente a alguma tela, isso ajuda a evitar insônia e você terá mais qualidade no seu sono.
  8. Mantenha-se ativo em casa: evite ficar muito tempo deitado ou sentado em frente à TV ou computador. Faça tarefas domésticas e atividades de lazer como cuidar das plantas, dançar e brincar com as crianças!
  9. Faça exercício regularmente: aproveite e pratique pelo menos 30 minutos de atividade física por dia.
  10. Cuide da sua alimentação e da sua saúde: esteja atento a sinais relacionados a sua saúde e tenha uma alimentação saudável e equilibrada.

E você, está se cuidando durante a pandemia? O que mudou na sua alimentação durante este período? Conte aqui nos comentários!

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9 benefícios do sorgo que irão fazer você incluí-lo no seu dia-a-dia

Você pode nunca ter ouvido falar, mas o sorgo é o quinto cereal mais importante do mundo. Ele perde apenas para o trigo, o arroz, o milho e a cevada. Ele é mais conhecido na agropecuária, pois é um importante componente nas rações de animais. Mas há muitas culturas onde esse cereal é consumido como substituto dos cereais que falei lá no início e vem despontando como uma alternativa na alimentação humana aqui no Brasil.

Benefícios do sorgo

  • Sabor mais suave: O sorgo tem um sabor mais suave e pode servir como alternativa de cereal para receitas que precisem de um cereal de sabor neutro.
  • Glúten free: Por não ter glúten é um cereal que traz nutrientes e pode ser usado por intolerantes e celíacos.
  • Altos teores de compostos bioativos: que conferem propriedades antioxidades ao cereal.
  • Os principais compostos são:

Antocianinas | Ácidos fenólicos | Taninos

  • Rico em fibras e amido resistente: que auxiliam na formação de uma microbiota intestinal saudável e consequente bom funcionamento intestinal.
  • Auxilia no emagrecimento: Também ajuda a controlar a saciedade, devido ao maior teor de fibras que cereais refinados.
  • Pode ser um corante natural para receitas: por ter uma coloração diferente dependendo do grão, o sorgo pode deixar aquela receita de pão mais coradinha ou um bolo de chocolate mais escuro.
  • Fonte de magnésio: o magnésio é o mineral em maior concentração no sorgo, fazendo do cereal uma boa fonte.
  • É versátil: Pode ser usado em receitais doces, salgadas, inteiro, moído, engrossando caldos, etc.
  • Ajuda a controlar o colesterol: Dentre seus compostos bioativos, também estão presentes os policosanóis, que auxiliam no controle do colesterol.

Um cereal com potencial

O sorgo pode se tornar uma excelente alternativa ao milho, trigo e outras farinhas de cereais em receitas, então seu potencial de mercado é muito grande. E claro, pode ser uma alternativa barata e saudável para substituir farinhas com glúten em receitas.

Atualmente ele é encontrado em lojas de produtos naturais, mas quem sabe depois de saberem desses benefícios todos, não acabam produzindo mais e fique mais fácil encontrar no mercado perto de casa?

Ficou curioso para saber como pode usar o sorgo? Dá uma conferida nessas receitas!

Quibe de sorgo

Ingredientes

  • 500 g de sorgo integral em grãos
  • 500 g de carne moída de patinho
  • 2 xícaras de hortelã picado
  • 4 dentes de alho
  • 1 cebola picada
  • 2 colheres de sopa de cheiro verde
  • Azeite, sal e pimenta do reino a gosto

Modo de preparo

Deixe os grãos de sorgo de molho por 8 a 12 horas. Cozinhe por meia hora em fogo baixo, escorra e reserve. Misture os grãos de sorgo cozidos com a carne moída crua, hortelã, cebola picada, alho, sal e pimenta do reino a gosto. Moa essa mistura na máquina de moer carne. Molde o quibe em formatos de bolinha com as mãos, coloque em uma assadeira e asse por 25 a 30 minutos em forno pré-aquecido a 180°C.

Pão de forma de sorgo

Ingredientes

  • 2 xícaras (chá) de farinha de sorgo;
  • 1 xícara (chá) de água;
  • 3 ovos inteiros;
  • 5 colheres (sopa) de azeite de oliva;
  • 3 colheres (sopa) de farinha de linhaça dourada;
  • 1 xícara (chá) de aveia sem glúten;
  • 1 colher (sopa) de açúcar mascavo;
  • 1 colher (sopa) de fermento para pão;
  • 1 colher (chá) de sal.

Modo de preparo

Coloque todos os ingredientes, exceto o fermento, no liquidificador e bata até obter uma massa bem homogênea. Assim que a mistura atingir o ponto desejado, disponha-a em um recipiente e vá mexendo delicadamente, adicionando o fermento em seguida.

Depois, coloque a massa em uma forma especial para fazer pão, já untada e enfarinhada. Leve-a ao forno pré-aquecido a uma temperatura de 180 °C, por aproximadamente 30 minutos.

Venha fazer parte do nosso grupo de nutrição no Telegram

Venha fazer parte do nosso grupo de nutrição no Telegram!

Os grupos de Telegram estão bombando! Com certeza você já ouviu falar de algum, não é?

E você já conhece o nosso grupo de nutrição no Telegram? Vem que eu te conto mais sobre ele e como participar!

O que é o Telegram?

O Telegram é um aplicativo parecido com o Whatsapp onde você pode trocar mensagens com seus contatos. Mas ele ficou famoso mesmo devido aos seus “canais”. Qualquer pessoa pode criar um canal lá, que é como se fosse um grupo, mas os participantes não interagem entre si. Apenas o dono do grupo envia mensagens para todos os participantes. Isso significa que é o ideal para quem quer receber informações de algum assunto sem ter que passar por várias mensagens de pessoas que nem conhece, como funciona em um grupo de Whatsapp, por exemplo.

Como é o canal do Clube da Energié?

O canal no Telegram é um grupo de nutrição onde postamos dicas práticas de alimentação. Nele, eu e a Georgia (fundadora da Energié) falamos sobre vários assuntos. Olha só alguns dos temas que você vai encontrar no nosso grupo de nutrição no Telegram:

  • Dicas para facilitar a vida na cozinha
  • Mitos e verdades sobre alimentação
  • Formas de manter o equilíbrio na alimentação
  • Emagrecimento
  • Mindful eating
  • Receitas rápidas e saudáveis

Ah, e estamos postando várias dicas relacionadas a alimentação e saúde nesses tempos de pandemia.

E como fazer parte do nosso grupo de nutrição no Telegram?

É muito fácil (e gratuito, tá?): só baixar o aplicativo do Telegram no seu celular, caso ainda não tenha, e clicar no link a seguir: https://bit.ly/energietelegram

Esperamos por você lá para continuarmos buscando uma alimentação mais saudável!

Obesidade é fator de risco para COVID-19! 4 ações para reduzir índices de obesidade entre os colaboradores

Obesidade é fator de risco para COVID-19! 4 ações para reduzir índices de obesidade entre os colaboradores

Ela é uma das condições mais preocupantes da atualidade porque é porta de entrada para várias doenças crônicas, como diabetes, hipertensão arterial, dislipidemia e outras doenças cardiovasculares, e agora a obesidade é fator de risco para COVID-19.

Com a pandemia do coronavírus, a necessidade de buscar meios de reduzir a obesidade ganha mais um motivo. Além de termos uma população que está mais em casa e, portanto, mais sedentária e muitas vezes comendo mais ou pior por conta de estresse, ansiedade e preocupações, temos também a constatação de que a obesidade é um fator de risco para COVID-19.

Em 13 de abril, o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos) atualizou as comorbidades de risco para COVID e incluiu a obesidade. No Reino Unido isso já havia sido feito antes, em 16 de março. Ambos os países chamam a atenção principalmente para pacientes com Índice de Massa Corporal acima de 40kg/m², classificados como obesidade grau III.

Classificando os mortos pela doença no Brasil conforme grupos de risco, o único grupo em que os idosos não são maioria é o de obesos, segundo o último Boletim Epidemiológico sobre COVID-19 do Ministério da Saúde.

Mas por que obesos estão no grupo de risco para COVID-19?

O motivo é a pior capacidade respiratória que essa população tende a ter. Em geral, obesos têm maior resistência nas vias aéreas, ou seja, maior dificuldade de movimentar o fluxo de ar até os pulmões, além de volume pulmonar mais baixo e músculos respiratórios mais fracos. Esses fatores podem causar também maior estresse para o coração.

Existe um outro agravante relativo ao cuidado intensivo desses pacientes: devido ao peso, o manejo do paciente obeso no leito é mais difícil para a equipe de saúde durante manobras respiratórias de emergência.

Qual o impacto da obesidade como fator de risco para o COVID-19 no Brasil?

Considerando que praticamente 1 em cada 5 brasileiros adultos estão com obesidade, e metade da população está acima do peso ideal, a notícia de que obesidade é fator de risco para COVID-19 se torna mais preocupante ainda.

Nos últimos anos, percebemos um aumento na busca por uma vida mais saudável com a valorização de nutricionistas e aumento da procura por produtos “fit”. Mas então por que o número de obesos é tão grande? Não é tão simples responder, mas alguns motivos são a maior disponibilidade de produtos ultraprocessados, ricos em farinha, gordura e açúcar, e a busca por dietas restritivas, que a longo prazo acabam aumentando o peso e levando a uma pior relação com os alimentos.

As empresas podem ajudar a proteger seus colaboradores desse fator de risco que é a obesidade?

Não há dieta milagrosa a ser feita agora que vá emagrecer uma população do dia para a noite e a pandemia já está entre nós há mais de dois meses. Mas, segundo a Organização Mundial da Saúde, o vírus deve circular ainda por muito tempo, podendo se tornar endêmico. Além disso, com o isolamento social, os índices de obesidade podem aumentar ainda mais, já que as pessoas estão mais sedentárias e não necessariamente estão se alimentado bem por estarem em casa.

Considerando que obesidade é o primeiro passo em direção ao desenvolvimento de outras doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e dislipidemias, se conseguirmos reverter esse quadro conseguimos também evitar essas doenças em muitos casos.

Por isso, acredito que “esperar tudo voltar ao normal” para então planejar os investimentos em Programas de Qualidade de Vida não é uma opção. Quando isso vai passar? Vamos realmente voltar a ter o mundo de antes? Não sabemos. O que sabemos é que saúde ganhou mais importância e nos mostrou uma necessidade urgente de investir em promoção para não ter que sofrer com as consequências das doenças.

Como reduzir índices de obesidade entre os colaboradores durante esse momento?

Felizmente, vivemos em um mundo guiado pela tecnologia, e é ela que tem ajudado a adaptar as atividades de trabalho e de saúde também.

Para empresas que entendem a importância de zelar pela saúde de seus colaboradores, várias ações para enfrentamento da obesidade e doenças crônicas podem ser feitas. Como a obesidade é uma doença causada principalmente pela má alimentação, as ações devem ser direcionadas para auxiliar colaboradores nas dificuldades que estão tendo nesse período em casa:

  1. Ensinar a fazer compras de melhor qualidade
  2. Mostrar como ter praticidade na hora de cozinhar
  3. Ensinar técnicas para preparar alimentos mais saudáveis
  4. Auxiliar com estratégias para lidar com a interferência das emoções na forma de se alimentar

E como fazer isso?

Através de ações coletivas para os colaboradores, como:

  • Workshops ou apresentações ao vivo ou gravados com nutricionistas
  • Criação de materiais digitais, como e-books, vídeos e podcasts sobre alimentação saudável
  • Orientação nutricional em grupos online, com metodologia específica para reeducação alimentar
  • Oficinas nutricionais que mostrem na prática como se alimentar melhor, como dicas de organização na cozinha e receitas fáceis
  • Disponibilização de aplicativo de celular especializado onde o colaborador pode aprender através de gamificação, anotar suas metas e receber notificações sobre saúde.

Ou usando estratégias mais precisas que podem atingir todos os colaboradores, mas de forma mais eficaz e individualizada, como:

  • Atendimento nutricional individual online
  • Utilização de aplicativo de celular especializado, onde, além de existir videochamada com nutricionista, o colaborador pode acompanhar seus indicadores físicos, ver seu plano alimentar e cardápio semanal, receber notificações sobre saúde, preencher um diário alimentar, enviar fotos do seu prato para o nutricionista e complementar o atendimento com gamificação.

Nós podemos te ajudar a adaptar as ações acima para sua empresa ou desenvolver novas estratégias de promoção de saúde através da alimentação saudável. Entre em contato com a Energié!