Omeprazol: O uso crônico pode fazer mal?

Omeprazol: O uso crônico pode fazer mal?

O Omeprazol é apenas um dos medicamentos que pertencem a uma classe chamada “inibidores da bomba de prótons”, que são drogas capazes de suprimir a secreção de ácido gástrico e são usadas no tratamento de doença péptica, úlceras gástricas, gastrite por H. pylori, doença do refluxo gastroesofágico e dispepsia, por exemplo. Geralmente o uso desses medicamentos alivia os sintomas, mas, quando o paciente suspende o uso, eles podem voltar. Isso leva muitas pessoas a continuarem tomando o medicamento continuamente sem conversar com o médico ou então a se automedicar sempre que surge algum sintoma gástrico.

E quais os riscos do uso indiscriminado do Omeprazol e similares?

Existem vários estudos sugerindo consequências maléficas:

Pneumonia

Apesar dos tratos respiratórios e digestivos serem separados, eles tem algo em comum: a boca. Uma pequena quantidade de conteúdo gástrico pode viajar pelo esôfago e entrar na traqueia enquanto dormimos. Uma vez que o estômago está menos ácido, algumas bactérias conseguem se proliferar facilmente e podem chegar aos pulmões, favorecendo a ocorrência de pneumonia.

Metabolismo ósseo

Há indicativos de que a baixa acidez estomacal possa impedir a absorção adequada de cálcio e acelerar a perda desse mineral pelo organismo, levando, a longo prazo, a maior risco de desenvolvimento de osteoporose.

Deficiência de vitamina B12

Essa é a consequência que mais preocupa os nutricionistas. A vitamina B12 está presente principalmente em carnes e sua deficiência pode levar a anemia e demência, por exemplo. Para que esse micronutriente seja absorvido, precisa do ácido gástrico, que vai separá-lo das proteínas do alimento. Uma pessoa saudável tem boas reservas de vitamina B12, mas a longo prazo a deficiência pode ocorrer, como mostram alguns estudos.

Todas essas hipóteses precisam ser mais estudadas, mas certamente são indícios de que é preciso ter cautela com esses medicamentos.

A solução mais segura? Procurar seu médico, questionar sobre o uso contínuo desses medicamentos e procurar também um nutricionista, que pode te ajudar a reduzir sintomas gástricos através da retirada ou redução do consumo de alguns alimentos, sem necessidade de medicamento.