tendência a engordar

Tem tendência a engordar? A ciência descobriu algo que pode te ajudar!

Todo mundo sabe que a atividade física é muito importante para a saúde, melhorando a qualidade de vida e acelerando o metabolismo. A prática regular de exercícios melhora a função cardiovascular, respiratória, alivia o estresse, fortalece os ossos, melhora a qualidade do sono, fortalece o sistema imunológico, ajuda a controlar o peso… os benefícios são muitos! E ainda assim, muitas vezes nos encontramos desmotivados para incluir o exercício na rotina, né? Atualmente, mais da metade dos brasileiros está acima do peso e o sedentarismo atinge 45,9% da nossa população.
A obesidade é fator de risco para inúmeras doenças, como diabetes, pressão alta, infarto e outras complicações do coração, que podem diminuir a expectativa de vida de um indivíduo em até 3 anos ou mais. O problema da obesidade é bastante complexo e multifatorial, mas sabe-se que a prática de exercícios físicos é primordial para seu controle.

E recentemente a ciência fez uma descoberta ainda mais interessante: pesquisadores americanos descobriram que a atividade física pode prevenir a obesidade (e a tendência a engordar) por modificar fatores genéticos que determinam um maior acúmulo de gordura corporal.

Como foi o estudo?

Este estudo revisou o conteúdo de outros 60 estudos que avaliaram as interações entre diferentes variantes genéticas com o Índice de Massa Corpórea (IMC) e o nível de atividade física de mais de 200 mil adultos, a maioria deles de descendência europeia.
Dentre os participantes dos estudos:

  • 77% eram fisicamente ativos;
  • 23% foram considerados inativos, ou seja, faziam menos que 1 hora de atividade física moderada em tempo de lazer ou em tempo de deslocamento diariamente.

Em média os indivíduos inativos tinham um IMC 0,99 kg/m² maior, uma medida de circunferência de cintura 3,5 cm maior e relação de circunferência de cintura pelo quadril também maior – todos indicativos de aumento de risco para doenças crônicas, especialmente as do coração.

Quais os resultados do estudo?

Os resultados mostram que a interação entre a atividade física e o gene FTO (associado a obesidade e massa de gordura) é significante e inversamente proporcional. Em outras palavras, ao se exercitarem, os indivíduos podem diminuir em cerca de um terço os efeitos do gene sobre o IMC, fazendo com que o controle do peso seja mais efetivo. De todo modo, esses efeitos ainda variam entre indivíduos o que sugere que outras interações genéticas e ambientais influenciam na distribuição de gordura corporal.
Além do gene FTO os pesquisadores encontraram outras 11 variações genéticas que podem resultar da interação entre o aumento nos níveis de atividade física e redução do acúmulo de gordura corporal, entretanto, ainda é muito cedo para chegar a qualquer conclusão. O gene FTO ainda é o mais suscetível aos benefícios do exercício.

Moral da história

A atividade física é um instrumento poderosíssimo que pode melhorar a saúde e a relação com a balança – e contribuir para diminuir a tendência a engordar. O importante é buscar uma alternativa de exercício que seja prazerosa e que possa ser incorporada a sua rotina. Combinado com alimentação saudável, os resultados são ainda melhores!