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Dieta HCG, você conhece? Sabe como funciona?

As dietas da moda estão sempre surgindo e conquistando pessoas que desejam perder peso e a dieta HCG é uma delas.

Apesar de ter voltado à mídia recentemente ela não é uma dieta nova, foi desenvolvida há cerca de 60 anos pelo médico inglês Dr. Albert Simeons e é conhecida como uma forma rápida e eficaz para perder peso. Será?

Como funciona a dieta HCG:

Durante um período de até 6 semanas o indivíduo mantém uma dieta de baixo valor calórico (500 kcal/dia), juntamente com a administração diária de uma injeção intramuscular de um hormônio, o HCG.
O Dr. Albert Simeons acreditava que o HCG fazia com que os pacientes perdessem mais gordura do que músculos durante o processo, reduzindo principalmente as gorduras do abdômen, quadril e coxas, além de auxiliar na redução do apetite.

O que é HCG? 

HCG é a sigla em inglês de um hormônio conhecido como Gonadotrofina Coriônica Humana. Esse hormônio é produzido naturalmente pelo corpo humano durante a gestação e possui a função de manter o corpo lúteo no ovário durante o primeiro trimestre da gestação, fundamental para a manutenção da gravidez.

Essa dieta funciona?

Há diversos defensores da dieta HCG, inclusive médicos, e na internet é possível encontrar diversos relatos de indivíduos que fizeram a dieta, tiveram a perda de peso e por isso indicam para diversas pessoas, porém precisamos ser um pouco críticos em relação às informações que temos na internet.
A dieta leva a uma perda de peso? Sim, mas vários estudos científicos mostram que o hormônio HCG não provoca perda de peso e redistribuição de gordura, ou seja, o motivo da perda de peso não é o uso do hormônio, mas sim a baixa quantidade de calorias ingeridas diariamente!
Além disso, o Conselho Regional de Medicina (CRM) do Estado do Mato Grosso do Sul, bem como a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO) lançaram parecer CONTRA a utilização do hormônio para fins de emagrecimento devido à falta de evidências científicas da eficácia para a perda de peso e pelos potenciais riscos para a saúde, como: dor de cabeça, depressão, irritabilidade, tromboembolismos arteriais ou venosos e hiperestimulação ovariana.
Na literatura também encontramos outros riscos da administração exógena de grandes quantidades do hormônio, como: risco para formação de leiomioma (tumor benigno da musculatura lisa, principalmente no útero), exacerbação da endometriose, risco de desenvolvimento de hiperplasia prostática (aumento da próstata) e câncer de próstata.
Portanto, reforçamos mais uma vez que dietas da moda não são o melhor caminho para uma perda de peso, pois elas geralmente levam a grandes restrições calóricas, nem sempre apresentam embasamento científico e não levam a MUDANÇA DE HÁBITOS podendo levar ao ganho de peso de maneira rápida novamente.
Procure um nutricionista e faça uma reeducação alimentar, esse é o melhor caminho para uma perda de peso saudável e duradoura!