Mindfulness no dia-a-dia

Mindfulness no dia-a-dia: 5 ações cotidianas para exercitar a atenção plena

Você pode estar pensando: bacana essa idéia de cultivar um estado de presença e abertura, momento a momento, atento/a ao que surge, praticando um olhar curioso e gentil em relação às experiências. Os benefícios, como já comentamos aqui, são muitos! Entretanto, nunca é demais lembrar, para experimentá-los, disciplina, compromisso e prática são essenciais. Então, como incluir mindfulness no dia-a-dia?
Como vimos tudo começa com intenção e atenção.
Como sustentar a intenção de criar um espaço na rotina para estar atento/a, presente, sem que isso se torne mais um item na lista de tarefas a cumprir?

Simplificando: como podemos tornar a nossa rotina uma rotina mais mindful?

Explorando possibilidades

Relembrando rapidamente, as práticas meditativas são consideradas o meio mais eficaz para exercitarmos o estado mental de Mindfulness. Assim como a atividade física fortalece músculos e articulações, as práticas meditativas fortalecem a nossa capacidade de atenção e de regulação atencional. São as chamadas práticas formais que dão base e sustentação ao estado mental de Mindfulness.
Outra forma de exercitarmos esse estado é por meio das chamadas práticas informais. Elas são o grande desafio e convite que Mindfulness nos faz: trazer para as nossas relações e atividades do dia a dia, que geralmente executamos de forma mecânica, automática e inconsciente, as qualidades de presença, abertura e gentileza àquilo que se passa dentro e fora de nós.
A ideia é simples, não é? Vamos ver como exercitá-la na prática!

Cinco situações para você exercitar mindfulness no dia-a-dia

Deliberadamente coloque a sua atenção no que você está fazendo e sentindo no momento da ação. Uma sugestão é levar a atenção para a respiração e o corpo de forma a estabilizá-la e trazê-la para o momento presente. Onde quer que você esteja, permaneça lá!

1. Ao acordar

Ao invés de levantar num impulso, permita-se despertar de forma gradual e gentil. Leve a atenção para a sua respiração e o seu corpo e sinta o que está presente. Faça três ciclos de respiração consciente, sentindo a respiração onde ela for mais presente no corpo e só depois disso levante.

2. Caminhando

Todos nos movimentamos ao longo do dia. Podemos fazê-lo de forma mecânica ou consciente, trazendo a atenção para o ato de caminhar, o movimento do corpo em harmonia/desarmonia com a respiração, o contato dos pés com o chão e assim sucessivamente. Experimente!

3. Escovando os dentes

Da próxima vez que for escovar os dentes use a sua mão não dominante. Essa ação por si só fará com que você exercite uma maior atenção e consciência. Investigue com curiosidade os movimentos e sensações ampliando a sua percepção de tudo o que envolve esta ação.

4. Em pausas forçadas

Por vezes somos obrigados a parar e a desacelerar, seja no trânsito, na fila do mercado ou ao atravessar a rua. Podemos usar essas oportunidades para fazer um “check-in” do nosso corpo e da nossa mente. Conscientizando-nos de nossa respiração, postura, contato dos pés com o chão e o ambiente a nossa volta. 

5. Usando “distratores” a nosso favor

Podemos usar coisas que normalmente nos distraem como, por exemplo, o toque do celular ou o som de alguma notificação como lembretes para parar e respirar. Ao invés de atender ou pegar o celular imediatamente, respire fundo uma ou duas vezes, sentindo o ar entrando e o ar saindo e só depois atenda.

Mindfulness nos convida a notar e a estar presente, ou seja, de nos lembrarmos, intencionalmente, de prestar atenção, a ter consciência de nós mesmos e do que quer que estejamos fazendo num dado momento.
Vamos incluir mindfulness no dia-a-dia? Toda atividade é uma oportunidade de prática. Qual será a sua prática hoje?

endometriose alimentação

Controle a endometriose com uma alimentação saudável

Você sabia que, segundo estudos, uma alimentação saudável pode ajudar a controlar a progressão e o desenvolvimento da endometriose?

Primeiro, vamos entender o que é endometriose!

O endométrio é a camada interna do útero que se renova todos os meses com a menstruação. Esse tecido cresce por estímulo do ciclo menstrual e tem a função de preparar o órgão para receber o embrião. Porém, quando a gestação não acontece, ele descama e é expelido através da menstruação.
A endometriose são fragmentos do endométrio que se encontram fora da cavidade uterina, em outros órgãos como ovários, intestino, bexiga… o tecido “gruda” e se comporta como se ainda estivesse revestindo o útero, causando uma inflamação.

E o que causa a endometriose?

São se sabe ao certo a causa, mais fatores genéticos, imunológicos e ambientais (como poluição), fatores emocionais (ansiedade, stress) e sedentarismo podem estar relacionados ao aparecimento da doença.

Quais os sintomas mais comuns?

  • Infertilidade
  • Menstruação irregular
  • Cólica menstrual excessiva
  • Dores durante a relação sexual
  • Cansaço e fadiga

Qual a relação da endometriose com a alimentação?

Sabemos que uma alimentação inadequada pode não ser a causa da endometriose, mais algumas mudanças alimentares associadas ao tratamento clínico, podem beneficiar as mulheres portadoras de endometriose, melhorando os sintomas e as dores causadas pela doença.

10 dicas alimentares para o controle da endometriose

  • Mantenha o peso saudável (o excesso de gordura aumenta a produção de hormônios femininos)
  • Evite o consumo de gordura trans (presente em sorvetes/bolachas recheadas)
  • Prefira os carboidratos nas versões integrais: pão, arroz e massas (eles têm um maior teor de vitaminas e fibras)
  • Evite carnes gordurosas e embutidos: as gorduras saturadas podem agravar a doença (elas estimulam a produção de prostaglandinas que causam inflamação e dor)
  • Prefira as versões orgânicas dos alimentos (livres de agrotóxicos, antibióticos e hormônios)
  • Reduza o consumo de cafeína
  • A ingestão de açúcar (contido em doces, bolos, bolachas) deve ser reduzida, uma vez que o açúcar pode levar ao aumento de peso e ao desequilíbrio da relação insulina/glicose
  • Não exagere em bebidas alcoólicas
  • Reduza o consumo de alimentos ultra processados (ricos em conservantes)
  • Pratique atividade física

Alimentação Protetora

A boa notícia é que estudos mostram que a alimentação tem um papel significativo no desenvolvimento e na progressão da doença, mais em sua maioria das vezes causando um efeito protetor, por isso é importante prestar atenção e aumentar o consumo de alguns nutrientes:

Vitaminas do complexo B

fontes de vitaminas do complexo B - endometriose alimentação

Essas vitaminas são necessárias ao bom funcionamento das glândulas produtoras de hormônios, ajudando a “quebrar” o excesso de estrogênio.

  • Fontes de Vitaminas do complexo B: gérmen de trigo, semente de girassol e abóbora, amendoim, gema de ovo, peixes, leguminosas e aveia.

Antioxidantes

fontes de antioxidantes - - endometriose alimentação
Vitamina C, A e E: tem ação anti-inflamatória e analgésica, aliviando os sintomas da endometriose e o melhor sem causar efeitos colaterais.

  • Fontes vitamina C: laranja, goji berry, limão, abacaxi, couve, brócolis, pimentão.
  • Fontes vitamina A: cenoura, mamão, abóbora, manga.
  • Fontes vitamina E: óleos vegetais, oleaginosas e cereais integrais.

Fibras

fontes de fibras - endometriose alimentação
Para as mulheres que tem endometriose, manter o intestino funcionando regularmente é essencial para evitar desconfortos. Investir em uma alimentação rica em fibras é a melhor alternativa sempre!

  • Fontes de Fibras: alimentos integrais, frutas com casca, hortaliças cruas, cereais (aveia/chia/linhaça).

Ácidos Graxos

fontes de ácidos graxos - endometriose alimentação
Os ácidos graxos também são aliados ao combate da doença, pois possuem efeito anti-inflamatório, reduzindo a inflamação causada pelo acúmulo de tecido endométrio nos órgãos.

  • Fontes de Ácidos Graxos: sementes de linhaça, chia (ômega 3 e 6) e peixes (ômega 3).

A alimentação ideal na endometriose deve priorizar a ingestão de generosas porções de frutas, legumes e hortaliças, cereais integrais, peixes e carnes magras. Procure evitar o consumo de alimentos ricos em farinha refinada, alimentos ultra processados e aqueles que contém elevado teor calórico.
Procure sempre um nutricionista para te orientar e montar um plano alimentar adequado a suas necessidades!

agricultura familiar

7 vantagens para você escolher e incentivar a agricultura familiar

Você já ouviu falar em agricultura familiar? Sabia que ela é responsável por cerca de 70% dos alimentos que são consumidos pela população brasileira?
A Agricultura Familiar consiste no cultivo da terra realizado por pequenos e médios proprietários rurais, onde os membros da família se dedicam essencialmente ao cultivo de alimentos. A produção diversificada é uma característica marcante desse setor e pode incluir produções agrícola, florestal, pesqueira, pastoril e aquícola. A família tem a agropecuária como a principal fonte de renda.

Segundo o Censo Agropecuário, a agricultura familiar é responsável pela produção brasileira de:

  • 87% de mandioca
  • 70% de feijão
  • 59% da criação de suínos
  • 58% de leite
  • 50% da criação de aves
  • 46% de milho
  • 38% de café
  • 34% de arroz
  • 30% da criação de bovinos
  • 21% de trigo

Mas quais são as vantagens da agricultura familiar?

1. Garante a segurança alimentar e nutricional

A agricultura familiar garante o abastecimento conforme as demandas alimentares da população, criando um ambiente propício para a redução da fome e do desenvolvimento e bem estar no na área rural.

O que é segurança alimentar e nutricional?
É a cumprimento do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras da saúde, que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis

2. Proporciona diversidade de alimentos

A produção da agricultura familiar é diversificada e, apesar da pequena escala de produção, sempre mantem uma oferta regular, garantindo acesso continuo, de diferentes alimentos, durante todo ano.

3. Preserva hábitos alimentares e culturais

A agricultura familiar expressa a identidade territorial a partir de alimentos típicos da região, preservando a tradição familiar e cultural, frente à padronização mundial da alimentação.
[su_box_destaque]Hábitos alimentares são as formas como os indivíduos ou grupos selecionam, consomem e utilizam os alimentos disponíveis, incluindo formas de produção, armazenamento, elaboração, distribuição e consumo de alimentos.[/su_box_destaque]

4. Faz uso sustentável dos recursos naturais

A agricultura familiar beneficia o campo ambiental, por adotar práticas ambientais mais sustentáveis em função da produção em pequena escala, o que permite a adoção de sistemas produtivos muito mais eficientes que se utilizam de menos energia fóssil e muito mais energia renovável. Além disso, esse estilo de produção respeita a harmonia ambiental e as espécies, aproveita as sinergias naturais, utilizam modos de produção orgânica e agroecológica, que conferem aos produtos da agricultura familiar diferencial competitivo na busca por qualidade e responsabilidade socioambiental.

5. Gera empregos e fonte de renda

Agricultura familiar é caracterizada por pequenas propriedades, dessa maneira, o número de beneficiados com os resultados financeiros também é um diferencial, o que possibilita a geração de renda em regiões distantes de centros industrializados, oferecendo alternativa, inclusive, para fixação do homem no campo. Além disso, por ela não utilizar uma grande quantidade de maquinários e de químicos, a demanda de mão-de-obra no campo é maior, gerando mais empregos.

6. Motiva benefícios aos produtores

Agricultores familiares são beneficiários de uma série de políticas públicas específicas, realizadas em âmbito municipal, estadual ou federal que envolvem programas de incentivo à comercialização agrícola, crédito para investimento ou custeio de safras, seguros de produção e aquisição de terras.

7. Fornece alimentos de maior qualidade

Por adotar práticas mais sustentáveis, na maioria dos casos, os produtores familiares não utilizam uma grande quantidade de agrotóxicos, fato que associa, muitas vezes, a agricultura familiar à agricultura orgânica. Dessa maneira, nós consumidores temos acesso a alimentos mais frescos e com teor nutricional mais alto que dos alimentos produzidos em larga escala, que recebem agrotóxicos e demais produtos químicos usados na produção de alimentos em massa.
E aí, com todas essas vantagens para você e para os produtores, vamos incentivar essa prática consumindo mais alimentos provenientes da agricultura familiar? Sua saúde também agradece! 😉
Aprenda 10 dicas fáceis para consumir mais legumes e verduras no jantar.

marmita para levar para o trabalho

Fazer marmita para levar para o trabalho é saudável e está na moda!

O que é bom, nunca pode sair da moda! Fazer marmita para levar para o trabalho está voltando com tudo e a tendência é que as “quentinhas” façam parte dos hábitos de muito mais pessoas, cada vez mais e mais.

Você sabia que as refeições fora de casa representam mais de 25% dos gastos com alimentação?

Pois é, são dados levantados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Não há dúvidas de que o orçamento mais apertado reflete no hábito de levar marmita para o trabalho com o intuito de gerar economia, mas a volta das marmitas não está relacionada somente à redução de custos não!

Essa mudança está ocorrendo em pessoas com poder aquisitivo tanto mais baixo, quanto mais alto, isso porque a alimentação caseira é a escolha mais saudável e que gera mais benefícios para nós. Segundo Monteiro et al. (2019) alimentos ultraprocessados contêm aditivos artificiais, excesso de sal, açúcar e gorduras prejudiciais à saúde. Já a comida caseira, preparada com ingredientes naturais e de forma adequada, não possui estes excessos.

De acordo com a pesquisa “Do essencial ao Gourmet – O que os brasileiros pensam sobre alimentação saudável e produtos premium.”, mesmo entre aqueles que ganham acima de 5 salários mínimos, o hábito (fazer refeições no lar/levar marmita de casa) não só é predominante como também é apontado como a escolha mais saudável por quase 40% dos entrevistados com renda familiar elevada. No geral, considerando todos os 1360 participantes, mais de 85% aponta esse tipo de refeição como a mais frequente e também como a melhor pedida.

Tendência para alguns, resgate de um velho costume para outros, fazer marmita para levar para o trabalho apresenta inúmeras vantagens e benefícios!

Vantagens de “marmitar”

  • Mais saudável
  • Favorece controle da alimentação em relação à ingestão de sal, temperos industrializados, alimentos gordurosos, etc.
  • Ajuda no controle da quantidade (quando acaba, você não tem a possibilidade de “repetir”)
  • Evita as tentações típicas dos self services como frituras, salgadinhos, molhos.
  • Economia de tempo
  • Economia de dinheiro
  • Procedência de qualidade
  • Sabor tradicional de comida caseira

Alguns cuidados que você precisa ter:

  • Inclua na sua marmita alimentos que possam ser bem reaquecidos e não tenham cheiro muito forte.
  • Acomode os alimentos da sua marmita separadamente uns dos outros.
  • Tenha cuidado com o transporte da sua marmita, invista em bolsas térmicas.
  • Deixe sua marmita em um ambiente refrigerado, de preferência na geladeira. Se não for possível, coloque cubos de gelo seco na sua bolsa térmica para ajudar na conservação.
  • Aqueça sua marmita em um recipiente de vidro. Não esquente em recipientes de plástico, pois ocorre a liberação de um composto, chamado Bisfenol A, que é prejudicial para nossa saúde.

Fazer ou comprar marmita para levar para o trabalho? Você escolhe!

Se você curte cozinhar, você pode montar sua própria marmita em casa, mas se está com dificuldade em se organizar, para montagem das quentinhas, existe a possibilidade de comprar marmitas saudáveis. Existem as linhas de marmitas detox, funcionais, com baixo índice glicêmico, para vegetarianos ou pessoas com alguma doença em específico.

Atente-se à um detalhe: uma marmita com poucas calorias, não é sinônimo de opção mais saudável, a refeição precisa garantir um aporte de todos os nutrientes que precisamos.

É a mesma regra da montagem de um prato saudável. Como a necessidade nutricional varia muito, sempre busque a orientação do seu nutricionista.

marmita para levar para o trabalho - composição de um prato saudável - prato balanceado

Vixi, não dá para esquentar minha marmita… e agora?

Isso não é desculpa não! Existem várias combinações de alimentos que te proporcionam uma refeição completa e dá para comer geladinho, como se fosse uma salada mega completa. Lembre-se as versões descritas como refogadas, serão consumidas geladinhas e fica uma delícia!

Sugestões de marmita para levar para o trabalho

Garanta a presença de todos os grupos de alimentos

Garanta a presença de todos os grupos de alimentos!
Carboidratos + Proteína Animal + Proteína Vegetal + Salada/Legumes (use e abuse da saladinha)
  • Opção 1: Quinoa em grãos + frango desfiado + lentilha + alface + tomate, cebola, cenoura e beterraba ralada)
  • Opção 2: Milho + ovo cozido + ervilha + berinjela refogada + escarola refogada + palmito.
  • Opção 3: Macarrão integral + frango em cubos + grão de bico + abobora + espinafre refogado + azeitonas.
  • Opção 4: Pedaços de batata doce ou batata doce assada + carne desfiada + salada de feijão fradinho + agrião + tomate + brócolis.

ideias de marmita para levar para o trabalho cardápio
E digo mais, se você tiver o hábito de congelar algumas preparações, como frango desfiado, carne moída, legumes refogados/assados, fica muito mais prático, principalmente naqueles dias bem corridos.

Esse ótimo hábito garante uma alimentação saudável, equilibrada e econômica! Todo mundo sai ganhando!

Você já ouviu falar da salada no pote? Ela é uma opção excelente para levar na marmita! Confira o post Salada no pote: a salada para levar na marmita! e aprenda a fazer a sua!

Eu sou fã de marmitar e você? 🙂

Quer mais 15 dicas para ter uma vida e uma alimentação mais saudável? Confere esse vídeo da nossa equipe!

hormônios da saciedade

Entenda os hormônios da saciedade e coma menos sem ficar com fome

Você sabia que a quantidade que comemos é regulada por hormônios? Mas quais são os hormônios da saciedade e como eles agem no nosso corpo?
Hormônios são substâncias químicas produzidas por glândulas e são muito importantes para o controle do funcionamento do corpo. Testosterona, adrenalina, insulina, estrógeno e muitos outros hormônios (cerca de 50!!) são produzidos por órgãos especializados, sendo que cada um possui uma ação específica.

Qual a função dos hormônios na alimentação?

Os hormônios controlam nossa fome e saciedade, percebendo quando nossos órgãos estão fazendo a digestão e avisando o nosso cérebro se devemos continuar comendo ou se podemos parar de comer. Isso quer dizer que os hormônios participam do controle do nosso comportamento alimentar (parte neural). Além disso, também regulam o quanto nosso corpo gasta de energia.
Ainda são necessários novos estudos para entender melhor o papel exato dos hormônios, mas já dá para ter uma ideia de como o nosso corpo trabalha e depende deles para funcionar!

Os hormônios da saciedade

Leptina

Um dos hormônios mais importantes para nossa alimentação é a leptina. Ela aumenta a saciedade e é liberada pela nossa massa de gordura, portanto, quem tem mais gordura tem maior quantidade desse hormônio.
Mas então por que pessoas com maior gordura continuam sem tanta saciedade?
A resposta está no fato de que se cria uma RESISTÊNCIA, onde se tem tanto desse hormônio circulando no sangue que ele já não consegue mais fazer sua função muito bem! É um processo parecido com o que ocorre na resistência à insulina, que pode levar ao desenvolvimento de diabetes.

Colecistoquinina e Peptídeo YY

Quando o alimento chega no intestino, hormônios chamados colecistoquinina e Peptídeo YY percebem a quantidade de nutrientes e sinalizam a saciedade após uma refeição. É como se esses hormônios avisassem o cérebro de que chegou alimento e que nós podemos parar de comer!

E qual o hormônio da fome?

O aumento da fome é resultado de vários hormônios, entre eles a grelina e neuropeptídeo Y. Antes de uma refeição, os níveis de grelina no sangue aumentam quase duas vezes, e rapidamente caem depois, sendo essa diminuição mais rápida quanto mais calórica for a refeição.

Use esse conhecimento e melhore sua alimentação

Todo esse processo dos hormônios da saciedade leva de 20 a 40 minutos. Quando se come muito rápido é preciso comer mais para ficar satisfeito, aumentando o risco de se sentir estufado depois.
Para que o corpo reconheça todo esse sistema hormonal é necessário exercitar o comer com atenção plena!
Leia também: Mindfulness: o que é e por que está se falando tanto sobre o assunto?

Dicas para comer com Atenção Plena

  • Concentre-se na refeição
  • Mastigue bem os alimentos
  • Pouse o garfo na mesa após cada garfada
  • Faça pausas durante a refeição para aumentar a sua percepção
  • Aprecie sua comida: preste atenção na textura e no sabor que ela tem.

Evite comer sem mastigar direito, mexendo no celular e sem consciência, pois isso irá atrapalhar a percepção de saciedade. Ao longo do tempo, esses maus hábitos podem contribuir para compulsões e uma alimentação desequilibrada.
Nossa natureza dispõe do mais refinado sistema de controle, então não vamos deixar o estilo de vida atrapalhar o funcionamento dele, né? Tarefa para a próxima refeição: exercite a atenção plena e preste atenção aos sinais de saciedade! Depois me conta como foi! 🙂

Quanto de cafeína posso tomar por dia

Quanto de cafeína posso tomar por dia?

Tem bebida mais brasileira do que o café? Ok, talvez você tenha pensado na caipirinha também, mas quem está ali todo dia no café da manhã, depois do almoço e à tarde, seja em casa ou no trabalho, é ele: nosso amado cafezinho.
O componente mais famoso do café é a cafeína, que com certeza você já ouviu falar. Ela estimula nosso sistema nervoso central e consequentemente nos deixa mais alertas, mais capazes de aprender e pode melhorar o desempenho no exercício físico. Quem toma café diariamente há bastante tempo pode não perceber esse tipo de reação, já que o organismo “se acostuma” com a cafeína. Em contraponto, doses altas podem causar insônia e ansiedade em algumas pessoas. O consumo a longo prazo pode também estar relacionado com colesterol alto, doenças coronárias e câncer.

Afinal, o consumo de cafeína é seguro ou não? Quanto de cafeína posso tomar por dia?

A resposta está na dose. E para determinar a dose máxima que pode ser consumida sem causar riscos à saúde, pesquisadores norte-americanos publicaram em maio desse ano um grande estudo exatamente sobre isso: a quantidade segura que podemos consumir de cafeína por dia. Para isso, eles reuniram 426 estudos científicos publicados entre 2001 e 2015 e analisaram os resultados entre cada um deles. Trabalhão, hein?

Eles analisaram 5 desfechos possivelmente causados pelo excesso de cafeína:

  • Toxicidade (definido como overdose ou morte)
  • Efeitos cardiovasculares (pressão arterial e frequência cardíaca)
  • Saúde óssea e cálcio
  • Comportamento (dores de cabeça, humor e sono)
  • Reprodução e desenvolvimento (fertilidade, abortos e defeitos congênitos)

E o que eles descobriram?
A cafeína é considerada segura para a maior parte da população saudável adulta se consumida em doses de no máximo 400mg por dia. Para gestantes, o valor é um pouco menor: 300mg/dia.
Apesar de existirem poucos estudos sobre a ingestão de cafeína entre crianças e adolescentes, os pesquisadores determinaram que doses diárias de até 2,5mg por kg de peso é uma quantidade segura para esse público.

Atenção!

Contabilize a cafeína

Apesar do café ser a bebida com cafeína mais comum de ser ingerida, vários outros alimentos contêm essa substância também. É o caso de alguns chás, refrigerantes, chocolate e energéticos. Então, na hora de contabilizar o quando você ingere de cafeína por dia, é importante pensar nesses outros alimentos também.

Cuidado com o açúcar e adoçante

Outra questão que precisamos ter em mente: as fontes de cafeína citadas acima, frequentemente, estão associadas com altas doses de açúcar ou adoçantes artificiais, que devem ser consumidos com moderação. Converse sempre com seu nutricionista sobre isso, ok?

Cafeína, ferro e cálcio

Se você tem deficiência de ferro ou ingere poucas fontes de cálcio, cuidado! A cafeína dificulta a absorção desse nutriente. Para saber mais, dá uma olhadinha nesse post aqui!

Quer saber quanto de cafeína tem as principais fontes alimentares? Dá uma olhada!

Alimentos (g ou ml – porção) Quantidade de cafeina (mg)
Refrigerante à base de laranja (335ml – 1 lata)

0

Café instantâneo descafeinado (240ml – 1 xícara chá)

3

Achocolatado pronto (220ml – 1 caixinha)

5

Café Filtrado e descafeinado (240ml – 1 xícara chá)

6

Bebida à base de cacau (300ml)

9

Chá branco (240ml – 1 xícara chá)

15

Chocolate ao leite (28g – 4 quadradinhos)

20

Chá verde (240ml – 1 xícara chá)

25

Chocolate em pó (28g – 3 colheres de sopa rasas)

26

Refrigerante à base de cola (355ml – 1 lata)

36

Chá mate (240ml – 1 xícara chá)

47

Café Instantâneo (240ml – 1 xícara chá)

57

Bebida energética – Red bull (250ml – 1 lata)

76

Café Espresso (30ml – 1 cafezinho)

77

Café Filtrado (240ml – 1 xícara chá)

108

Nutri, quanto de cafeína posso tomar por dia levando em consideração o café filtrado?

O café filtrado é uma das mais comum fontes de cafeína no Brasil. Podemos dizer que consumir 3 xícaras por dia é considerado seguro para um adulto saudável. Ou seja, o sagrado cafezinho está liberado, com moderação!
E agora, conta pra gente: quanto de cafeína você toma por dia?