Margarina ou manteiga qual é mais saudável? Existe outra opção?

Margarina ou manteiga? Qual é mais saudável? Existe outra opção?

Margarina ou manteiga qual é mais saudável? Hoje vamos tirar essa dúvida de uma vez por todas!
Vamos combinar que aquele pão quentinho com manteiga derretida pela manhã é de dar água na boca só de pensar.

Mas Nutri, a manteiga não tem gordura saturada e colesterol? Não faz mal para o coração?

Então, para “solucionar” o problema, criou-se a margarina, a partir de um processo industrial chamado de hidrogenação de óleos vegetais, a tal gordura TRANS (ou “óleo vegetal hidrogenado ou parcialmente hidrogenado”).
Mas, logo a ciência foi descobrindo que esse tipo de gordura (trans) além de aumentar os níveis do colesterol “ruim” no sangue (LDL – lipoproteína de baixa densidade), também reduz os níveis do colesterol “bom” (HDL – lipoproteína de alta densidade).
Para solucionar o “novo” problema, criou-se a gordura interesterificada, mistura de gordura saturada com óleos vegetais.
Estudos são inconclusivos sobre os possíveis riscos/benefícios do consumo dessa gordura, mas essa historinha tem se repetido, não é mesmo?

Margarina ou manteiga qual é mais saudável?


Vejamos a seguir, os ingredientes e a composição nutricional de cada uma:
Margarina: óleos vegetais líquidos interesterificados, água, leite em pó desnatado reconstituído, soro de leite em pó desnatado reconstituído, sal, vitamina A adicionada, estabilizantes, conservadores, antioxidantes artificiais, acidulantes, aroma idêntico ao natural de manteiga, corantes.
Manteiga: creme de leite, cloreto de sódio e corante natural de urucum INS 160b. energie-comparacao2 Podemos concluir que o valor calórico é praticamente o mesmo, bem como as gorduras totais e monoinsaturadas.
O que difere é que a manteiga contém maior quantidade de gordura saturada e a margarina de gordura poli-insaturada, além de vários aditivos químicos.

O que ainda não é obrigatório nos rótulos é a quantidade da tal gordura interesterificada, presente na margarina.

A manteiga, por ser de origem animal, contém colesterol, o qual é permitido dentro de uma dieta equilibrada, não excedendo 300mg/dia.
Em relação ao sódio, o melhor é optar pelas versões sem sal.
Leia também: Gorduras fazem bem ou mal à nossa saúde?

E agora Nutri? Margarina ou manteiga qual é mais saudável?

Percebemos que a margarina não oferece benefícios sobre a manteiga. Então, opte pela manteiga, mas consuma com moderação!
Se você busca uma opção ainda melhor, está na hora de conhecer o Ghee!

Manteiga Ghee, o que é?

O Ghee é a manteiga clarificada, onde toda a água, elementos sólidos e toxinas da gordura do leite e lactose são completamente removidos. É facinho de fazer! Confira a receia abaixo.

Receita de Ghee

Margarina ou manteiga qual é mais saudável? Existe outra opção? - Receita de Ghee
Ingredientes:

  • 250g de manteiga sem sal

Modo de Preparo
O procedimento de clarificação é feito em banho-maria.
1. Coloque a manteiga sem sal (250g) em uma vasilha de inox ou vidro, para não soltar resíduos.
2. Coloque água em uma panela e o recipiente com a manteiga dentro. Use fogo médio a baixo. Durante este processo, a manteiga é derretida, devagar, e as gorduras saturadas vêm para a superfície em blocos, formando uma camada de espuma densa.
3. Retire e descarte, com auxílio de uma escumadeira de inox, a camada de espuma densa que vai se formando. Este processo dura em torno de 30 minutos.
4. Após “amornar”, coe o “óleo” em um tecido fino ou peneira com funil e coloque em uma vasilha de vidro.
5. Tempere com ervas, se preferir (opcional).
6. Deixe no freezer até endurecer e depois retire. Armazene fora da geladeira. O resultado é um “óleo” dourado e brilhante que não fica rançoso. Este é o ouro líquido que aparece nas antigas escrituras indianas.

Por Daniela Torralbo
Nutricionista – CRN 3/36620

Alimentação para corredores: 10 pontos para melhorar sua performance e desempenho

Alimentação para corredores: 10 pontos para melhorar sua performance e desempenho

Uma alimentação para corredores adequada oferta os nutrientes básicos para o corredor, equilibra as necessidades energéticas, permite uma melhor recuperação no pós-treino e reduz a ação dos radicais livres. Além disto, a nutrição atua como recurso ergogênico, melhorando o rendimento físico. Vem conferir 10 pontos importantes para você ficar de olho e melhorar seu desempenho!

10 pontos importantes na alimentação para corredores que irão melhorar sua performance e desempenho na corrida!

1. PRÉ-TREINO

Para que você tenha potência e energia durante as passadas, é importante apostar nos alimento fontes de carboidratos!
A Sociedade Brasileira de Medicina Esportiva (SBME) recomenda que 60 a 70% das calorias ingeridas pelo atleta devem ser oriundas dos carboidratos.
Dica: Beterraba e o espinafre são alimentos que fornecem nitrato, o qual aumenta o fluxo sanguíneo, garantindo melhor rendimento. Por isso você pode tomar suco a base destes vegetais no pré treino!

5 km

Por ser uma prova curta e de alta intensidade, evite o excesso de fibras e alimentos ricos em gorduras, que podem causar desconforto gástrico.
Consumo de carboidratos: 60 a 90 minutos antes da prova.

10 km

É importante que você preste atenção ao que coloca no prato desde o dia anterior da prova.
Consumo de carboidratos: refeição noturna ou todas do dia que antecedem a prova + 60 a 90 minutos antes da prova.

21 km – Meia maratona

Por ser uma prova extensa, há a necessidade de um consumo maior de carboidratos principalmente nos 3 dias que antecedem a prova. E logo antes da prova, pode-se consumir uma dose extra de carboidrato para melhorar os estoques de energia (Ex.: bebida ou gel à base de carboidrato, saches de mel, tâmaras).
Consumo de carboidratos: todas as refeições dos 3 dias que antecedem a prova + 60 a 90 minutos antes da prova + imediatamente antes da prova.

42 km – Maratona

A preparação alimentar deve se iniciar na semana que antecede a prova. Na última refeição do dia anterior, procure consumir carboidratos, proteínas e pouca gordura. Nada de testar novos alimentos! Consuma o habitual para que não haja surpresas.
Nos 15 minutos que antecedem a largada, insira o carboidrato e tome uma bebida isotônica (Ex.: gatorade, powerade, água de côco), isto ajudará a manter a retenção hídrica.
Consumo de carboidratos: todas as refeições da semana que antecede a prova + 60 a 90 minutos antes da prova + imediatamente antes da prova.
Leia também: Suplementos Pré-Treino: devo tomar?

2. HIDRATAÇÃO

Inicie o exercício bem hidratado, bebendo cerca de 250 a 500 ml de água duas horas antes.
Para se hidratar durante o treino, a água é ideal na primeira hora, a cada 15-20 minutos. Depois disso, é importante que você reponha os eletrólitos perdidos pelo suor com bebidas esportivas isotônicas ou com água de coco, um isotônico natural.
Após o treino, continue ingerindo líquidos para compensar as perdas adicionais de água pela urina e suor.

3. DURANTE O TREINO

O fator que determinará se será necessário se alimentar durante a prova, é o tempo. Provas mais extensas levam a depleção maior de glicogênio (reserva de energia localizada dentro do músculo), por isso para manter uma boa performance recomenda-se a reposição de carboidrato durante o exercício.
Dica: No final desta matéria você encontra uma receita para te dar energia durante o treino!

  • Provas de até 1h de duração: não é necessário repor carboidratos; apenas hidratação com água.
  • Provas com mais de 1h de duração: reposição de carboidrato a cada meia hora (gel ou bebidas) + bebida isotônica.
  • Provas com mais de 2h de duração: reposição de carboidrato + bebida isotônica + aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA), para evitar a fadiga e catabolismo muscular (perda de massa magra).

4. PÓS-TREINO

Após a atividade, a alimentação para corredores tem como objetivo repor as perdas energéticas e nutricionais e contribuir para regeneração e recuperação muscular. Esta refeição deve ser realizada o mais próximo possível do final da prova, até mesmo para evitar perdas de massa magra.
Dê preferência aos carboidratos com alto índice glicêmico (pão branco, mel, batata, macarrão, arroz) associados às fontes de proteínas magras (carnes brancas, ovos, leites e derivados desnatados).

5. ANTIOXIDANTES

Tem a função de combater e neutralizar a ação dos radicais livres.
As vitaminas e minerais são fundamentais na produção de energia, no transporte de oxigênio, na saúde óssea, na manutenção do sistema imunológico, na recuperação muscular e no fornecimento de antioxidantes que combatem e neutralizam a ação dos radicais livres.
Os radicais livres são produzidos devido ao contato do organismo com o oxigênio, e são responsáveis por causar danos ao DNA e às células (inclusive as musculares). Por isso é importante a ingestão de alimentos com propriedades antioxidantes, como linhaça dourada, castanha do pará, azeite e peixes.

6. FIBRAS

Fibras na alimentação para corredores podem atrapalhar o desempenho dependendo da hora que forem ingeridas!
As fibras presentes em alguns alimentos (Ex.: arroz integral, pão integral, aveia, quinoa, linhaça, batata doce, milho) tem a propriedade de atrasar o trânsito intestinal e fazer com que a digestão se prolongue. Esta condição pode atrapalhar o desempenho, aumentando o desconforto gástrico durante o exercício.
Evite consumir as fibras imediatamente antes e dê um intervalo de pelo menos 1h antes de iniciar a atividade!

7. JEJUM

Correr em jejum pode comprometer o rendimento físico e a saúde! Na falta de energia, seu nível sanguíneo de glicose (que é o açúcar do sangue) pode estar baixo, condição denominada de hipoglicemia.
Alguns sintomas são: fadiga, tontura, desmaio. Por isso não dispense uma refeição antes de treinar!

8. FRACIONAMENTO

Já pensou correr de barriga cheia? Por isso o fracionamento das refeições é importante! Conseguimos controlar o volume de alimento ingerido e com isso garantir o aporte adequado de energia e nutrientes ao longo do dia.

9. ÔMEGA 3

Este tipo de gordura é anti-inflamatória! Atua reduzindo a resposta inflamatória que acontece logo após a atividade física, auxiliando assim nos processos de reparação celular (regeneração muscular).

10. SUPLEMENTOS

A necessidade de adicionar suplementos vai variar de pessoa para pessoa. Todos nós temos necessidades calóricas e nutricionais diferentes. Por isso um plano alimentar individualizado é fundamental. Procure seu nutricionista!

Receita de Energy Balls

Perfeitas para serem incluídas na alimentação para corredores durante o treino, essas bolinhas vão repor sua energia de uma forma deliciosas e saudável!
energy-balls
Ingredientes

  • 150g castanha-do-pará batida no liquidificador até virar farinha
  • 150g de tâmaras secas (sem caroço) e hidratadas com 1 xícara de chá de água de coco, batidas no liquidificador até formar uma pasta
  • 150g uvas-passas pretas batidas no liquidificador, até formar um creme
  • 1 colher (sopa) de canela em pó
  • 1 colher (sopa) de cacau em pó
  • 2 colher (sopa) de sementes de chia

Modo de Preparo
No liquidificador ou processador, junte os ingredientes e adicione uma colher de óleo de coco. Bata até adquirir consistência uniforme. A consistência deve ser firme, mas não dura nem muito seca. Molde em bolinhas ou barrinhas, embrulhe em filme plástico e mantenha refrigerado. Já está pronto para consumir. Experimente misturar outros ingredientes nas suas energy balls, basta usar a criatividade. Amêndoas, damascos, tâmaras, cranberries, nozes, maçã e canela, com coco ralado, flocos de quinua ou amaranto, nibs de cacau, gengibre cristalizado, noz-moscada, cardamomo em pó, raspas de limão, sementes de linhaça. Evite deixar muito tempo fora da geladeira ou sem consumir. O ideal é comer em até cinco dias.

Por Amanda Oliveira
Nutricionista – CRN 8/7460

adoçantes

Adoçantes: Consumí-los ou não? Diferenças entre naturais e artificiais.

Os adoçantes são aditivos alimentares de sabor extremamente doce utilizados em alimentos e bebidas para substituir totalmente ou parcialmente o açúcar e, consequentemente, reduzir o valor calórico da preparação. Além dos indivíduos diabéticos, pessoas que desejam reduzir o peso costumam inserir esse aditivo nas suas preparações e, quando chegam ao mercado, se deparam com diversas marcas e tipos de adoçantes diferentes. E ai, você sabe qual a diferença entre eles?
Existem no mercado dois tipos de adoçantes, os naturais e os artificiais:
Os adoçantes naturais são aqueles extraídos de plantas, frutas, entre outros, sem passar por nenhum tipo de reação química. Alguns dos adoçantes que fazem parte desse grupo são: Frutose, stévia, agave azul, sorbitol, manitol. Já os adoçantes artificiais são aqueles produzidos pela indústria através de reações químicas, nessa classe encontramos o acessulfame-K, sucralose, ciclamato, sacarina e aspartame.
Veja no quadro a seguir as principais diferenças entre eles:
Tipos e Características dos Adoçantes
Posso consumir adoçante à vontade?
Não! Tanto os adoçantes naturais, como os artificiais, passam por uma análise toxicológica antes de serem aprovados e, quando aprovados, são estabelecidos valores de ingestão diária aceitável (IDA) de cada um deles, que seria o limite máximo que podemos ingerir daquele ingrediente por dia. E é importante lembrar que essas recomendações se referem a todos os produtos que contenham adoçante, como refrigerantes e produtos diet, não só ao adoçante em si adicionado por você nas preparações!
Segue abaixo as recomendações para consumo diário de cada tipo de adoçante:
Tabela com as Recomendações das doses diárias de Adoçantes Em geral, a Food and Drug Administration (FDA) recomenda que o consumo diário de adoçantes seja de 4 a 6 pacotinhos de 1 grama quando for em pó ou de 9 a 10 gotas para os líquidos.
Afinal, devo consumir adoçante?
Hoje vivemos um tempo em que adoçamos qualquer coisa. Muitas pessoas fazem isso no automático, simplesmente porque estão há anos fazendo esse mesmo processo, mas você já parou para pensar se realmente é necessário adoçar alguns tipos de alimentos? Será mesmo que precisamos adoçar um suco, uma salada de frutas, uma banana? As frutas já tem seu açúcar natural, a frutose, que é inclusive um adoçante natural, lembram? Vamos tentar sair um pouco desse piloto automático, desse vício de adoçar tudo, sendo com açúcar ou adoçante, e utilizá-los em situações que realmente seja necessário. A princípio pode ser um pouco difícil, pois seu cérebro está acostumado com o sabor doce e você pode inclusive achar que uma fruta sem açúcar, por exemplo, ficou “sem gosto”, isso ocorre porque o açúcar mascara o sabor original dos alimentos, sendo ele o sabor que sobressai. E o que fazer no caso de algumas preparações que realmente precisamos adoçar? Escolha um adoçante natural, sempre respeitando a ingestão máxima recomendada e fique atento aos rótulos, pois muitas indústrias misturam mais de um tipo de adoçante no mesmo frasco. E lembre-se! Cada caso é um caso, procure seu nutricionista para verificar o seu e lhe orientar sobre as melhores escolhas. Bibliografia: VIGGIANO, C.E. O produto dietético no Brasil e sua importância para indivíduos diabéticos. Revista Brasileira de Ciências da Saúde. São Caetano do Sul, v. 1, n.1, p.36-42, jun. 2003. https://www.abras.com.br/cartilhaadocantes.pdf https://www.einstein.br/einstein-saude/NUTRICAO/Paginas/adocantes-saiba-como-usar.aspx
Por Isabela Costa Feitosa Nutricionista – CRN6/12899

alimentos-saudáveis

10 passos para uma alimentação saudável

A falta de tempo para se alimentar e o desconhecimento das necessidades nutricionais diárias têm sido as grandes vilãs na qualidade da alimentação no dia a dia. Uma pessoa que se alimenta adequadamente possui mais disposição para realizar atividades diárias e melhor autoestima. Que tal aprender 10 passos para uma alimentação saudável?
Pensando na promoção da saúde e melhoria na qualidade de vida, o Ministério da Saúde lançou o novo Guia Alimentar para a População Brasileira, e é dele que tiramos essas dicas!

10 passos para uma alimentação saudável

1. Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação.

Tenha uma alimentação a base de grãos, raízes, tubérculos, legumes, verduras, frutas, castanhas, leite, ovos e carnes – e variedade dentro de cada tipo – feijão, arroz, milho, batata, mandioca, tomate, abóbora, laranja, banana, frango, peixes.

2. Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos.

Prefira os óleos de canola, girassol e milho para cozinhar. O sal marinho e o sal do Himalaia são as opções menos processadas e mais ricas em nutrientes. O açúcar demerara e o mascavo são os mais “puros”, e não recebem nenhum aditivo químico.

3. Limitar o consumo de alimentos processados.

Fabricados pela indústria, com adição de sal, açúcar e/ou óleo, para aumentar a durabilidade.

4. Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados.

Além dos ingredientes citados acima, possuem gorduras e amido modificados, antioxidantes BHT, TBHQ e EDTA, conservante ácido sórbico, nitrato de sódio, benzoato de sódio, entre outros.

5. Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, com companhia.

Procure fazer suas refeições em horários semelhantes todos os dias e evite “beliscar” nos intervalos entre as refeições. Coma sempre devagar e desfrute o que está comendo, sem se envolver em outra atividade.

6. Fazer compras em locais que ofertem variedades de alimentos in natura ou minimamente processados.

As feiras livres, feiras de produtores, “sacolão” são boas opções para encontrar maior variedade de alimentos.

7. Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias.

Procure desenvolver ou adquirir habilidades culinárias por meio de troca de receitas com outras pessoas, livros, internet, cursos.

8. Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece.

Planeje as compras de alimentos, organize a despensa doméstica e defina com antecedência o cardápio da semana. Reavalie como você tem usado o seu tempo e identifique quais atividades poderiam ceder espaço para a alimentação.

9. Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na hora.

Restaurantes de comida a quilo podem ser boas opções, assim como refeitórios no local de trabalho. Evite redes de fast-food.

10. Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais.

Lembre-se de que a função essencial da publicidade é aumentar a venda de produtos, e não informar ou, menos ainda, educar as pessoas. Confira abaixo o infográfico e aprenda a diferenciar as classificações dos alimentos: energie_processamentodealimentos

Agora que você já conheceu esses passos para uma alimentação saudável, vamos botar em prática? 🙂

Por Daniela Torralbo
Nutricionista – CRN 3/36620

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Leite: Vilão ou Mocinho?

energie_leite_blog Considerado durante muito tempo alimento indispensável na rotina alimentar, o leite vem sofrendo uma série de julgamentos em um verdadeiro “tribunal científico”. Algumas pesquisas afirmam que o consumo de leite está relacionado com diversas doenças — que vão desde alergias, antecipação da primeira menstruação e acne ao desenvolvimento do câncer de mama e de próstata. No entanto, ainda NÃO se pode afirmar com certeza nenhuma dessas proposições. Estima-se que cerca de 70% da população brasileira apresenta algum tipo de intolerância ao açúcar do leite, a lactose. Isso ocorre pela redução na atividade da lactase, a enzima que digere esse açúcar e que se dá, na maioria das vezes, com o avanço da idade. Como consequência, observam-se sintomas gastrointestinais: enjoo, inchaço abdominal, diarréia, etc. Ressalta-se que existem diversos graus de intolerância, e muitas pessoas, mesmo que apresentem esse quadro, podem seguir consumindo determinadas quantidades de lactose, podendo, inclusive, optar por consumir leite e derivados com zero ou baixa lactose. Mais comum que a intolerância à lactose, é a hipersensibilidade ou alergia tardia às proteínas do leite de vaca, a qual é definida como a dificuldade que o organismo tem em digerir algumas proteínas da bebida, em especial a betalactoglobulina e a caseína. O consumo constante do alimento pode gerar processos inflamatórios e doenças (rinite, bronquite, alergias de pele, agitação, ansiedade e depressão). Porém, não existem exames bioquímicos no Brasil que avaliem esse tipo de alergia tardia aos alimentos. Segundo parecer do Conselho Regional dos Nutricionistas de São Paulo, publicado no ano de 2012 e ainda não modificado, “O leite de vaca e de outras espécies animais são excelentes fontes de nutrientes e podem fazer parte de uma dieta normal de indivíduos em todas as fases do desenvolvimento, especialmente na infância”. A publicação afirma que a recomendação de cortar leite e derivados totalmente das dietas não tem respaldo científico aprovado no Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar e deve ser feita somente para os indivíduos com intolerância à lactose comprovada, ou outros tipos de doença que, comprovadas por diagnóstico médico, tem o leite como contra-indicação. Portanto, a resposta para a pergunta “devo ou não parar de consumir leite?” é: depende! O leite continua sendo uma fonte riquíssima de cálcio, essencial na formação e saúde dos ossos, e também de carboidratos, vitamina B12 e potássio, além de ser uma fonte completa de proteínas. Procure orientação de seu médico e nutricionista antes de tomar qualquer decisão por conta! porcoes_leite Fonte imagem: Jornal Zero Hora Bibliografia: FREIRE,S. & COZZOLINO,S.M.F. – Impacto da exclusão do leite na saúde humana. ANTUNES,A.E.C & PACHECO, M.T.B (Org.). Leite para adultos: Mitos e fatos frente à ciência. São Paulo: Varela Editora e Livraria Ltda, 2009, v. 1, p. 229 -238. Parecer CRN 3 – RESTRIÇÃO AO CONSUMO DE LEITE, 2012.
Por Amanda Oliveira Nutricionista – CRN 8/7460

motivos para amamentar

10 motivos para amamentar seu bebê

Em 1º de agosto é comemorado o Dia Mundial da Amamentação, data criada com a finalidade de promover o aleitamento materno e a criação de bancos de leite, garantindo, assim, melhor qualidade de vida para crianças em todo o mundo. Você está em dúvida sobre a amamentação? Vem aprender a importância dela, e confira 10 motivos para amamentar seu bebê!

O aleitamento Materno é a forma mais adequada de Alimentação no início da vida

O leite possui mais de 200 elementos conhecidos e outros ainda não identificados. O leite da mãe é produzido especialmente para seu bebê, ele se altera para oferecer nutrição adequada às necessidades da criança.
O colostro e o leite materno são adaptados à idade gestacional, e o leite materno maduro muda a cada mamada, a cada dia e a cada mês para suprir as necessidades do bebê. Incrível né?
O leite humano é um fluido vivo que protege ativamente contra infecções! Nenhum outro alimento ou leite industrializado modificado é capaz de oferecer ao bebê todos os ingredientes do leite materno.
A amamentação é uma atividade básica, constituindo-se em uma das primeiras intervenções nutricionais, materiais e de saúde infantil que a mãe pode aprender para assegurar a saúde de seu filho. É um modo natural e apropriado de satisfação das necessidades da criança em desenvolvimento, sendo compatível com os ambientes ecológico, econômico e sanitário da mãe e do filho.
Atribui-se ao leite materno a prevenção de mais de 6 milhões de mortes em crianças menores de 12 meses a cada ano.

Os tipos de leite

O leite materno recebe diferentes denominações de acordo com as mudanças temporais na sua composição:

  • colostro (até 7 dias pós-parto)
  • leite de transição (do oitavo ao décimo quarto dia pós-parto) e,
  • leite maduro (após o décimo quinto dia).

Colostro e suas características

O colostro possui dez vezes mais caroteno do que o leite maduro, o que lhe confere cor amarela intensa. É rico em proteínas, minerais e fatores imunológicos. Atua no estabelecimento da flora intestinal predominantemente bífida e fornece ao recém-nascido uma grande quantidade de anticorpos.
No período de transição e no leite maduro, as mudanças na composição são bem mais lentas do que na fase inicial, variando, inclusive, do início para o final da mamada, em cada mamada, ao longo do dia, de acordo com as necessidades nutricionais do bebê.

Vantagens do Aleitamento Materno

Para a mamãe

O hormônio ocitocina, que favorece a descida do leite, também produz contração da musculatura uterina, contribuindo para expulsão da placenta e para redução do sangramento, prevenindo a hemorragia pós-parto.
Além disso, para a produção do leite, ocorre mobilização das reservas de gorduras maternas, acumuladas durante a gestação, colaborando ao retorno do peso materno normal.
A proteção contra câncer de mama e de ovário também se relaciona com a prática do aleitamento Materno.
Além das vantagens descritas, outro ponto crucial refere-se ao vínculo estabelecido entre Mãe e filho. Pode-se dizer que as mães que amamentam são menos ansiosas e expressam maior satisfação em alimentar e interagir com seus bebês.

Para o bebê

O aleitamento Materno é a maneira de garantir o crescimento e o desenvolvimento saudável do seu filho, por apresentar a composição ideal de nutrientes para o recém-nascido.
Podemos citar que bebês amamentados ao seio apresentam maior desenvolvimento cognitivo do que crianças alimentadas com fórmulas. Além disso, a prática do aleitamento Materno está associada a maior estabilidade emocional, e de comportamento, bem como melhor acuidade visual e habilidade motora e desenvolvimento do sistema nervoso do bebê.
O leite materno diminui a incidência e/ou a gravidade de diarreia, infecção respiratória baixa, otite média, bacteremia, meningite bacteriana, botulismo, infecção do trato urinário e enterocolite necrotizante.
A amamentação natural também se relaciona com o amadurecimento da função oral, pela correta posição durante a mamada, favorecendo o desenvolvimento dos músculos e ossos da face, evitando também os distúrbios dos órgãos formadores e a síndrome da respiração bucal.

Para a família e o meio ambiente

A prática do aleitamento materno também é um ato ecológico, pois:

  • Evita o incentivo à produção de lixo, uma vez que o leite não precisa de embalagem e é produzido na quantidade certa para cada criança.
  • Resíduo proveniente do leite materno é totalmente biodegradável, pois são fezes dos bebês.
  • O leite materno está sempre pronto para ser usado, na temperatura ideal, não precisa ser esterilizado e não agride a natureza.
[su_box_destaque]A Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza leite materno exclusivamente até seis meses; portanto, durante esse período, não é necessária oferta de água e outros alimentos.[/su_box_destaque]

Se você quer um motivo para dar o peito, nós damos 1o motivos para amamentar seu bebê!

1. O melhor!

O leite materno é o melhor e mais completo alimento que existe para o bebê.

2. Só ele basta

Até os seis primeiros meses de vida, o bebê não precisa de nenhum outro tipo de alimento, basta o leite materno.

3. Desenvolvimento do seu bebê

A criança que mama no peito cresce e se desenvolve melhor. Lembre-se: os seis primeiros meses de vida são os mais importantes para o desenvolvimento do bebê.

4. Menos enjôos

A digestão do leite maternos é mais fácil, diminui a chance de enjôos e cólicas.

5. Filho saudável

O leite maternos previne infecção, obesidade, colesterol alto, diabetes. O bebê cresce mais forte e sadio.

6. Xô alergias

Está comprovado que bebês alimentados somente com o leite materno nos primeiros seis meses de vida ficam menos sujeitos à alergia.

7. De graça e perfeito!

O leite maternos é de graça, está sempre pronto, e na temperatura ideal.

8. Melhora do pós parto

Amamentar previne hemorragia materna no pós parto.

9. Saúde materna

Amamentar diminui o risco de câncer de mama e de ovário.

10. Vínculo para o resto da vida

Além de tudo, amamentar é um ato de amor e carinho tanto para a mãe quanto para o bebê. Observe como seu filho fica mais tranquilo quando você amamenta.

Por Amanda Duarte
Nutricionista – CRN 9098/P