opção saudável de achocolatado

Achocolatado: Qual o mais saudável?

Os achocolatados em pó são frequentemente incluídos na alimentação de crianças e até mesmo de adultos para dar sabor ao leite, sendo muitas vezes utilizados em grandes quantidades diárias.

O que muitos não sabem é que a quantidade de açúcar adicionado a esse achocolatado chega a ser 10 vezes maior do que a de cacau, fazendo com que o produto seja composto por aproximadamente 70% de açúcar. Portanto, é importante ficar de olho no que você está dando para seu filho, pois o consumo excessivo desse produto, por conter muito açúcar, pode causar diversos problemas como obesidade e cárie.

Para lhe ajudar a entender um pouquinho do que são feitos esses achocolatados, segue abaixo a comparação de 4 marcas encontradas no mercado:

MARCA 1

achocol-01 Ingredientes
Açúcar, cacau em pó, maltodextrina, minerais, vitaminas, emulsificante lecitina de soja, antioxidante ácido ascórbico e aromatizantes. Contém glúten. Contém traços de leite.

  • Açúcar é o ingrediente em maior quantidade no alimento (1º na lista de ingredientes);
  • Maltodextrina (3º ingrediente em maior quantidade) – Carboidrato que é rapidamente transformado em glicose no sangue;
  • 20g do produto contém 15g de açúcar;
  • Pote de 400g contém no total 300g de açúcar.

CONCLUSÃO Marca 1: 75% DO PRODUTO É AÇÚCAR!!!

MARCA 2

achocol-02 Ingredientes
Açúcar, cacau em pó, Extrato de malte, Sal cloreto de sódio, soro de leite em pó, Leite desnatado em pó, vitamina C, vitamina B3, vitamina B2, vitamina B6, vitamina B1, vitamina A, Vitamina D, lecitina de soja, aromatizante. Contém glúten.

  • Açúcar é o principal ingrediente;
  • Porção de 20g contém 18g de açúcar;
  • Pote de 400g contém 360g de açúcar;

CONCLUSÃO Marca 2: 90% DO PRODUTO É AÇÚCAR!!!

MARCA 3

achocol-03 Ingredientes
Açúcar, extrato de cereal (cevada e malte), glucose, cacau em pó, soro de leite em pó, Leite em pó integral, ovo em pó, sal, vitaminas (niacina, E, ácido pantotênico, B1, B6, B2, A, ácido fólico, D e B12), minerais (cálcio, ferro, zinco, manganês, iodo), canela em pó, regulador de acidez carbonato de sódio, emulsificante lecitina de soja e aromatizante. Contém glúten.

  • A informação nutricional não especifica a quantidade de açúcares, porém o mesmo continua em 1º lugar na lista de ingredientes;
  • O terceiro ingrediente em maior quantidade é a glucose, outro tipo de açúcar;
  • O cacau em pó aparece apenas em 4º lugar na lista de ingredientes.

MARCA 4

achocol-04 Ingredientes
Cacau em pó solúvel, açúcar e aromatizante. Não contém glúten.

  • O cacau é o principal ingrediente;
  • A informação nutricional não especifica a quantidade de açúcares, porém apesar de conter esse ingrediente, ele não é o principal, aparecendo apenas em 2º lugar na lista;
  • Pode ser utilizado por pacientes celíacos, pois não possui glúten;
  • Não possui sódio;
  • Possui fibra alimentar.

Mas e o achocolatado na versão light, é melhor?

Quando comparamos as versões originais acima com as suas versões light percebemos uns valores bem diferentes de açúcares e calorias, nos dando a impressão que houve uma redução de aproximadamente 50% desses ingredientes, porém o que ocorre é uma redução na porção, nem sempre nos ingredientes.

Marca 1

Nesse caso, a informação nutricional do produto tradicional é referente a uma porção de 20g do produto e a da versão light referente a 9,5g. Quando transformamos os valores da versão tradicional para 9,5g do produto podemos então fazer a comparação correta dos dois produtos:
energie_achoc-comp1

  • Redução de apenas 0,8g de açúcar da versão tradicional para a versão light, por porção;
  • Mesmo na versão light o produto continua possuindo mais de 50% do conteúdo de açúcar.

Marca 2

Ocorre o mesmo processo da marca anterior, onde na versão tradicional a porção é de 20g e na versão light de 10g. energie_achoc-comp2

  • Redução de 1,8g de açúcar da versão tradicional para a versão light, por porção;
  • A versão light ainda apresenta 72% do seu conteúdo sendo açúcar.

Marca 3 e 4

Não apresentam a versão light!

E o achocolatado DIET?

Os achocolatados diet não tem adição de açúcar, por isso acabam tendo uma redução na quantidade de calorias. Porém, a maioria dos achocolatados desse tipo acabam adicionando uma grande quantidade de adoçantes artificiais, como acessulfame-K, ciclamato de sódio, aspartame, entre outros, que em excesso podem causar danos para a nossa saúde.

Como substituir o achocolatado na sua refeição ou do seu filho?

O cacau em pó 100% sem açúcar é uma ótima opção, pois ele tem ação antioxidante, vasodilatadora, ajuda a reduzir os níveis de triglicerídeos e colesterol total, ajuda a aumentar os níveis de HDL (colesterol bom) e ainda melhora a concentração e proporciona energia.
Porém, como o sabor do cacau é mais amargo, seu filho pode estranhar no início por estar acostumado com o sabor mais adocicado dos achocolatados, portanto, para iniciar você pode começar adicionando um pouco de açúcar mascavo na mistura e ir reduzindo durante os dias até seu filho ir acostumando com o sabor mais forte do cacau.
Outra dica legal é bater o leite com morango e outras frutas, assim cada dia o leite terá uma cor e um sabor diferente, além de uma variedade de nutrientes e fibras.

Tapioca é melhor que pão? Tapioca engorda? - Energié

Tapioca é melhor que pão?

Essa delícia está sendo muito consumida atualmente por aqueles que estão de dieta, mas será que tapioca é melhor que pão? Será que ela engorda? E todo mundo pode consumir? Vamos lá tirar essas dúvidas!

O que é a Tapioca?

A tapioca é uma receita tradicional indígena, feita com fécula de mandioca, e muito comum no nordeste do Brasil. Essa fécula, quando colocada sobre uma superfície quente, fica parecendo uma panqueca e é consumida com vários recheios, tanto doces quanto salgados.

Tapioca é melhor que pão?


Nos últimos anos a tapioca se espalhou pelo Brasil e vem sendo consumida por muitas pessoas em substituição ao pão, uma vez que é de fácil preparo e versátil em relação aos recheios.
Além disso, a tapioca é uma ótima opção para celíacos e intolerantes ao glúten, pois não contém essa proteína na sua composição.
Em comparação ao pão, as principais diferenças são em relação à quantidade de gorduras e sódio, que são bem menores na tapioca, o que pode ser benéfico para pacientes hipertensos, por exemplo.
Porém, em relação ao índice glicêmico (IG), a tapioca perde a briga: por ser composta basicamente por carboidratos e quase não ter fibras, tem um índice glicêmico alto, ou seja, aumenta rapidamente a glicose sanguínea. Diabéticos devem ter muito cuidado ao consumi-la!

Na tabela abaixo, comparamos as calorias, nutrientes e índice glicêmico do pão branco, pão integral e tapioca:

Pão Branco (1 fatia)

Pão Integral (1 fatia)

Tapioca (2 col. de sopa)

Calorias 66 kcal 83 kcal 65 kcal
Carboidratos 13 g 13 g 16 g
Proteína 2 g 3,5 g 0,5 g
Gorduras 0,82 g 2,1 g 0,2 g
Sódio 170 mg 172 mg 11 mg
Fibras 0,6 g 1,5 g 0,5 g
Índice glicêmico* 100 70 115

3 dicas na hora de comer a tapioca

Claro que ninguém precisa abrir mão do consumo dessa delícia, é só seguir algumas dicas:

1. Utilizar fontes de proteínas no recheio para reduzir o IG

Queijo cottage, queijo branco, ricota, frango desfiado, atum, ovo.

2. Utilizar fibras na massa para reduzir o IG

Utilize fibras como chia e farinha de aveia, por exemplo.

3. Consumir a tapioca no pós-treino

Após o exercício físico é recomendado o consumo de carboidratos de alto índice glicêmico, então sempre prefira ingerir a tapioca nesse momento do dia!
Leia também: 10 receitas para passar no pão que além de saudáveis são deliciosas!
Agora que você já tirou a dúvida se tapioca é melhor que pão, e aprendeu a inseri-la na sua rotina, é só aproveitar! Peça ajuda ao seu nutricionista para avaliar quais as melhores opções e acompanhamentos para você em cada horário do dia!

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Recomendações para a Melhor Idade

energie_diadoidoso-blog Segundo dados do IBGE (2014), o Brasil possui 21 milhões de pessoas com mais de 60 anos e 48,9% sofre de mais de uma doença crônica (hipertensão, diabetes, câncer…). Para continuar com saúde e disposição, prevenindo e tratando as doenças já instaladas, a alimentação é um ponto fundamental. Sob o ponto de vista nutricional, a desnutrição é bastante comum em idosos. São observadas alterações fisiológicas como alterações na dentição, que dificultam a mastigação; das funções digestiva, absortiva, gástrica e intestinal, que estão reduzidas (reduzindo assim a absorção dos nutrientes). É também freqüente a interferência da questão financeira. Com os baixos valores das aposentadorias, há a dificuldade de aquisição de maior variedade alimentar, o que reduz as chances do indivíduo ter acesso a todos os nutrientes necessários. Devido a inatividade, o idoso também apresenta alterações físicas, como a redução de massa muscular, muitas vezes em concomitância com a perda de função do músculo, mais conhecida como sarcopenia, aumentando risco de quedas e habilidade de preparo de refeições. A depressão é outro problema que freqüentemente está refletido na alimentação, pois o idoso passa a desenvolver tendência ao isolamento e perda de apetite. A perda do cônjuge ou de pessoa próxima é um dos principais fatores desencadeantes. Torna-se essencial a presença de familiares e cuidadores, os quais devem estar sempre atentos aos hábitos alimentares e a perda de peso, que em alguns casos pode ser sinal de alguma doença em desenvolvimento.
Então quais seriam as recomendações para a melhor idade? Confira abaixo.
O fracionamento aumentado e o volume reduzido das refeições, facilita o processo de digestão, absorção e aproveitamento dos alimentos. Portanto, é recomendável o consumo de quatro a seis refeições diárias, como por exemplo: desjejum, lanche manhã, almoço, lanche tarde e jantar. É importante que a refeição apresente aspectos agradáveis como: cor, sabor, aroma e textura;
O uso de carboidratos complexos (batata, arroz integral, mandioca, pães integrais) e fibras na dieta (aveia, farelo de trigo, frutas e hortaliças) são altamente indicados por serem importantes na prevenção e controle de doenças cardiovasculares, diabetes e obstipação intestinal, comuns nesta fase da vida;
Com relação às gorduras, recomenda-se que se reduza o uso de gordura saturada (carnes gordas, leites e derivados integrais, óleo de dendê e coco) e colesterol, dando preferência às gorduras insaturadas (óleos vegetais – soja, milho, canola, azeite de oliva – peixes, linhaça, oleaginosas – castanhas, nozes, amêndoas). Substituir as carnes gordas (porco, picanha, costela, contra filé) e os embutidos (lingüiça, salsicha, salame, mortadela, presunto), pelas carnes magras (filé mignon, coxão mole, patinho e lagarto) e carnes brancas (frango sem pele e peixes);
Os idosos devem ter cuidado para não restringir a alimentação a carboidratos e às formas líquida ou pastosa, como as sopas. Embora mais fáceis de ingerir e preparar, devem estar sempre acompanhados de frutas, verduras e proteína. Estas estão presentes especialmente nas carnes, ovos e laticínios.
A desidratação é um problema corriqueiro em idosos devido a redução da percepção de sede. A inadequada ingestão de água leva à problemas associados com hipertensão, elevação na temperatura corporal, obstipação intestinal, secura das mucosas e problemas renais (pela diminuição da excreção de urina). Portanto consuma de 4 a 6 copos de água, chás e sucos por dia;
O uso de suplementos polivitamínicos deve ser utilizado somente mediante orientação e prescrição de profissional capacitado (nutricionista ou médico), pois seu uso indiscriminado pode acarretar problemas. A vitamina A, por exemplo, é hepatotóxica quando em excesso.
Bibliografia: Bib Fatores que afetam o consumo alimentar e a nutrição do idoso (Revista de Nutrição, vol.13, n.3, ano 2000) – Campos et al; A importância da nutrição na terceira idade (Revista Nutrição em Pauta) – Dr. Dan L. Waitzberg.
Por Amanda Oliveira Nutricionista – CRN 8/7460