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Glúten: NÃO tenho doença celíaca, posso retirar o glúten da dieta?

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A doença celíaca é uma intolerância permanente ao glúten que geralmente surge na infância, entre 1 e 3 anos de idade, mas também pode surgir em outras fases da vida, como a adulta.
O glúten é uma proteína presente no trigo, aveia (por ser cultivada e processada junto às plantações de trigo),centeio, cevada e malte e, quando consumida por celíacos ou alérgicos a essa proteína, vai causando um processo inflamatório e danificando o intestino delgado, prejudicando a absorção de nutrientes e causando diversos sintomas como: diarreia, dor abdominal, anemia, etc. Por isso quem possui a doença deve obrigatoriamente seguir uma alimentação sem glúten!
Mas, atualmente muitas pessoas vêm aderindo à dieta sem glúten com o intuito de perder peso, aumentando as vendas desses produtos em 30% por ano. Mas será que a retirada dos alimentos com glúten traz algum benefício para a saúde?
Segundo a Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBRAN) e diversos especialistas (alergistas, gastroenterologistas, etc), a retirada dos alimentos com glúten não são recomendados a pacientes não celíacos devido à falta de prova de que isso as beneficiaria.
Além disso, segundo a ASBRAN, a exclusão do glúten pode levar a alterações na flora intestinal, que ajuda a protegê-lo do câncer, doenças inflamatórias, dislipidemias (aumento de gordura no sangue) e doenças cardiovasculares. Alguns estudos também mostram que a retirada do glúten estava associada ao aumento do consumo de gorduras e calorias, além de registros de obesidade, sobrepeso e resistência a insulina (hormônio que sinaliza a presença de açúcar no sangue).
Portanto, se você não possui doença celíaca ou alergia a essa proteína, não retire o glúten da sua dieta, pois ela pode sim fazer parte de uma alimentação equilibrada sem trazer prejuízos para sua saúde! Mas, como sempre, o importante é respeitar a individualidade de cada organismo, então procure seu nutricionista para lhe auxiliar melhor sobre a sua alimentação, com ou sem glúten! 😉
Referências:
https://www.acelbra.org.br/2004/doencaceliaca.php
https://www.gazetadopovo.com.br/saude/pesquisas-indicam-que-dieta-sem-gluten-nao-traz-beneficios-para-nao-celiacos-0xalpfq4n5dsruyjlc2sjjvq4
https://www.asbran.org.br/noticias.php?dsid=1165
Por Isabela C. Feitosa
Nutricionista | CRN 6 – 12899

jejum intermitente

Jejum Intermitente: Está pensando em seguir essa dieta? Leia esse artigo!

Atualmente, tem se falado muito sobre a adesão a um tipo de dieta, um tanto quanto diferente, o Jejum Intermitente. Mas será que é seguro? Essa seria a melhor maneira para buscar um emagrecimento saudável? Confira abaixo!

O que é o Jejum Intermitente?

O Jejum Intermitente é o nome dado ao estilo de alimentação que alterna períodos de jejum com períodos de alimentação (janela alimentar). Segundo os fundadores desse tipo de dieta, não se trata de quais alimentos você deve comer, mas sim de quando você deve comer.
O embasamento dos adeptos ao jejum intermitente é de que a prática do jejum é algo comum na história dos seres humanos, pois nossos ancestrais não tinham comida disponível o ano todo, muito menos realizavam de 5 a 6 refeições por dia. Dessa forma nosso organismo estaria preparado a ficar longos períodos de jejum.
Outra questão é que nessa prática, a realização dos exercícios em jejum é considerada segura.

Como funciona o Jejum Intermitente?

Existem alguns protocolos para o Jejum Intermitente. Basicamente a ideia é que você precisaria dividir o dia ou a semana em uma janela de tempo de alimentação e outra de jejum.

1. Protocolo Leangains ou Método 16/8:

Este protocolo tem como base uma janela de alimentação de 8 horas e um período de jejum de 16 horas. Dentro da janela de alimentação, você poderia fazer 2-3 refeições, ou até mais se quiser.

2. Protocolo Eat-Stop-Eat (Coma-Pare-Coma):

O Eat-Stop-Eat é um protocolo que envolve jejuns de 24 horas, uma ou duas vezes por semana. Por exemplo, se você jantou na segunda-feira às 19 horas, não poderia comer nada até as 19 horas do dia seguinte. E assim você faria um jejum de 24 horas.

3. Protocolo 5:2:

O protocolo 5:2 permitiria que você coma normalmente 5 dias da semana, enquanto restringe o consumo de calorias para 500-600 durante os outros dois dias.

4. Jejum de 36 horas:

Este método é similar ao Eat-Stop-Eat, mas tem uma duração mais longa.

O que é permitido no período de jejum?

Água, café, chás sem adição de açúcar e bebidas não calóricas são permitidos.

Por que as pessoas estão aderindo ao Jejum Intermitente?

A hipótese é que ao aderir esse tipo de prática de alimentação, teríamos alterações positivas no organismo, como: aumento da produção do hormônio do crescimento, melhora da sensibilidade à insulina, reparo celular (redução do estado inflamatório), emagrecimento, controle nos níveis de colesterol e triglicérides, prevenção de câncer e tantas outras promessas.

Atenção às informações divulgadas na mídia!
Hoje em dia o que não falta é opções de dietas disponíveis e passos a passos em redes sociais, blogs, internet, e outros veículos de comunicação. Exemplo: “Fulana seguiu a dieta x e perdeu x kg”, “confira a dieta da famosa x”.
Mas afinal, o que teoricamente deu certo para uma pessoa, daria certo para você também? NÃO!
Com certeza, a primeira coisa é entender o que é fome fisiológica e vontade de comer, independentemente do tipo de “dieta” a ser seguida, mas o que reforçamos sempre é que devemos respeitar a individualidade de cada pessoa e por isso o ideal é adotar hábitos alimentares saudáveis, seguindo os princípios da reeducação alimentar. Para isso, procure um nutricionista.

O que as pessoas não sabem?

  • O jejum intermitente só deveria ser feito depois que o paciente estivesse em uma dieta low carb & high fat há seis ou oito semanas, porque seu corpo teria aprendido a utilizar a gordura como fonte de energia, ou seja, mais uma dieta restritiva.
  • Não é reforçado na mídia que mesmo com o jejum há necessidade de ter um controle das quantidades e qualidade dos alimentos a serem consumidos, dando a entender que nos períodos de alimentação, poderia comer de tudo.
  • Quem faz atividades físicas precisa ter um suporte adequado de nutrientes, pois se passamos muitas horas sem se alimentar e, nesse tempo, formos praticar exercícios pesados, podemos ter hipoglicemia.
  • Os próprios idealizadores do jejum intermitente afirmam não ter estudos específicos com alguns dos protocolos e os poucos estudos disponíveis foram realizados em ratos ou foram realizados em populações muito pequenas, em indivíduos saudáveis, e por curtos períodos, o que limita a força dos resultados alcançados.
  • Não é recomendado em hipótese alguma que gestantes e mulheres que estão amamentado adotem essa prática, pois pode acarretar em prejuízos no crescimento e desenvolvimento do bebê, assim como alterações clínicas em ambos. Não deve ser feito também por crianças, adolescentes, idosos, diabéticos que fazem uso de medicamentos hipoglicemiantes, pessoas que fazem uso de medicação controlada, pessoas muito magras com metabolismo acelerado, pessoas com infecções crônicas e com fadigas crônicas, além de pessoas que apresentam insônia.
  • Risco: Pode desenvolver transtornos como anorexia, bulimia, compulsão alimentar.
  • O Jejum Intermitente apresenta efeitos colaterais, como: fraqueza, dores de cabeça, tonturas, irritabilidade, além da fome.

Portanto, é óbvio que ficar sem comer emagrece, mas não significa que é um emagrecimento saudável, pois pode induzir a perda de massa muscular.

Jejuns acima de 5h não são muito saudáveis porque, se o organismo não recebe energia via alimentação, ele vai buscar nas nossas reservas de glicose do fígado e dos músculos. Quando essa reserva acaba é que o problema surge: nosso corpo passa a usar os próprios músculos (proteínas) pra obter energia, provocando perda da massa muscular.
Quem vive de dieta?? É difícil alguém viver em jejum. Então, se alguém adota essa prática e quando volta a se alimentar normalmente, a chance de retornar para os hábitos errados que tinha anteriormente a dieta é grande, com isso há um aumento do peso novamente.

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Tipos de Pães e a diferença em suas composições

Os pães são alimentos fonte de carboidratos, que fornecem energia ao nosso organismo. Existe hoje uma grande variedade de tipos de pães, que são diferentes na sua composição nutricional, podendo variar na composição de fibras e de gordura.

O pão mais saudável é geralmente aquele que contém a maior proporção de grãos inteiros. Mais quais são os melhores tipos de pães para serem consumidas?

Pão branco

É o mais tradicional de todos, também conhecido como pão francês ou pão de sal. É feito com farinha de trigo branca, apresenta alto índice glicêmico e poucas fibras, apresentando uma absorção mais rápida. Após a atividade física, o consumo é indicado, para repor rapidamente os níveis de glicose no sangue.

Pão light

Contém em média 25% menos calorias em relação a versão normal, podendo ser encontrado na forma tradicional ou integral.

Pão integral

Produzido com farinha integral, e pode conter uma pequena quantidade de farinha branca. Este pão contém todas as partes do gérmen de trigo, possuindo mais fibras, e por isso um índice glicêmico mais baixo. É recomendado para o emagrecimento e para quem tem o intestino preso. Esse tipo de pão é indicado para antes do treino, como ele tem grande quantidade de fibras, o corpo absorve insulina de maneira mais lenta e gradual, garantindo energia durante toda a atividade física.

Pão de linhaça

Também rico em fibras e de baixo índice glicêmico. A linhaça contem ômega 3 e 6, agentes antioxidantes e fontes de gorduras boas (insaturadas).

Pão de centeio

Os grãos de centeio contêm um alto valor nutricional, fibras alimentares, vitaminas do complexo B, manganês, magnésio e antioxidantes. O pão tem um sabor mais amargo e sua textura é mais densa. Farinhas de centeio são caracterizadas com um baixo índice glicêmico: os níveis de açúcar no sangue, depois de comer pão de centeio, são relativamente mais baixos e causam uma descarga moderada de insulina. Este processo é benéfico para equilibrar os níveis de açúcar no sangue, portanto, pães de centeio são recomendados para diabéticos. Esse pão é o campeão no quesito quantidade baixa de gordura. É o que contém menos gorduras e proteínas, sendo uma boa opção para quem não quer mais consumir pão branco ou quer ingerir menos gorduras. Além disso, ele tem praticamente as mesmas fibras que o pão integral, ajudando no processo digestivo.

Pão de aveia

Rico em ferro, magnésio, zinco, cobre e proteínas, o pão de aveia é ideal para o controle glicêmico e redução do colesterol. Além disso, assim como o pão integral, a quantidade de fibras é mais elevada, sendo ideal para um lanche antes de alguma atividade física de longa duração.

Pão sem glúten

Esse pão é indicado para pessoas com intolerância ou alergia ao glúten. O glúten está presente no trigo, centeio, cevada e aveia. Algumas farinhas são utilizadas como alternativas na produção do pão, como a farinha de arroz, fécula de batata, farinha de soja ou a de milho.

Pão de milho

Diferente do que é feito de trigo, não perde a casca durante o processo de preparação. Por isso, ele é rico em fibras e minerais, como fósforo, ferro, potássio e zinco. Além desses nutrientes, o pão de milho também é rico em proteínas e vitaminas do complexo B. Ele é uma opção para quem tem doença celíaca, já que o milho não contém glúten.

Pão australiano

É feito de farinha de trigo enriquecida com ferro e ácido fólico, tem uma cor escura, que vem da farinha integral, e um sabor adocicado causado pelo estrato de mel usado durante o preparo. É rico em vitaminas, minerais e fibras provenientes da casca dos grãos de trigo.

Pão sírio

Ele é feito de trigo assim como o pão branco, só que contém menor quantidade de gorduras e de carboidratos. Ele é uma boa opção para quem quer variar a dieta sem aumentar a quantidade de calorias e gorduras ingeridas.

Pão croissant

É feito com massa folhada e contém mais gorduras e calorias do que os outros tipos e deve ser consumido com moderação, principalmente nas versões recheadas.

Confira abaixo uma tabela com as principais diferenças entre os tipos de pães:

diferença entre os tipos de pães