dieta paleo e lchf

Dieta PALEO E LCHF: Afinal, o que são?

Apesar de ter sido apresentada ao público pela primeira vez em um estudo publicado na revista científica The New England Journal of Medicine, em 1985, foi só recentemente que a dieta paleo (ou paleolítica) ganhou um espaço maior entre aqueles que querem mudar o estilo de vida. Ela é defendida por especialistas como a solução para um dos maiores problemas da atualidade: a obesidade.

Dieta Paleo: reduzindo o carboidrato

A dieta paleo se encaixa na linha LCHF (low carb high fat), que quer dizer: pouco carboidrato e muita gordura. Este é o mesmo ideal pregado pela Dieta Atkins, Dieta Mediterrânea, Dieta South Beach, Dieta Low Carb, entre outras.

Pesquisadores afirmam que o corpo humano não teve tempo para se adaptar aos hábitos alimentares do século 21. Em média, 70% de tudo o que consumimos hoje são alimentos que não existiam na Idade da Pedra.
Nosso corpo não foi feito para digerir substâncias como açúcar refinado e conservantes. Esses itens favorecem reações inflamatórias que causam:

  • ganho de peso
  • baixa do sistema imunológico
  • dores articulares
  • refluxo ácido
  • dermatites
  • problemas gastrointestinais
  • falta de energia.

Como funciona a dieta Paleo?

É aí que entram os princípios fundamentais da dieta paleolítica, que prega uma volta à alimentação primitiva, regada a:

  • carnes magras (de animais alimentados com capim, pois tem proporção de gordura mais saudável que a de animais alimentados com grãos)
  • gorduras
  • frutas
  • raízes
  • vegetais.

Já entre os alimentos que ficam de fora estão:

  • grãos e cereais
  • óleos extraídos de sementes
  • laticínios
  • leguminosas
  • produtos processados e industrializados.

Comer como os nossos ancestrais significa turbinar o consumo de carne, seja ela vermelha ou branca — mas sempre as versões mais magras.
O lado bom é que elas são fontes de proteína, essencial para a formação dos músculos, recuperação dos tecidos, reforço do sistema imunológico e na produção de hormônios.
Mas é preciso ficar atento para não exagerar!!! Doses proteicas muito altas resultam na retirada do cálcio dos ossos, na acidificação do sangue e até na sobrecarga dos rins.
Os peixes são ótimas escolhas, por terem gorduras saudáveis para o organismo, as chamadas insaturadas, como o ômega 3.
Já as carnes vermelhas tem um índice alto de gordura saturada, dependendo do corte, e estudos relacionam seu consumo com o aumento da incidência de câncer e doenças cardiovasculares (devido ao aumento das taxas de colesterol).
O consumo de oleaginosas, como castanhas, nozes, pistache, amêndoas e amendoim, também contribui para o consumo de gorduras boas desta dieta.
Como não havia cozinha na era paleolítica e os homens ainda não plantavam trigo, milho, arroz (que dirá moíam e misturavam grãos), portanto estes alimentos não existiam e são naturalmente excluídos da dieta. Por isso, as fontes de carboidratos se tornam as naturais, como frutas, vegetais e tubérculos, que possuem índice glicêmico baixo e ainda fornecem fibras, favorecendo o controle das taxas de glicose no sangue.

Segundo alguns pesquisadores o prato saudável da dieta paleo deve ser dividido da seguinte maneira:

  • 40% Hortaliças
  • 30% Carnes, peixes e frutos do mar
  • 20% frutas
  • 10% oleaginosas

O ponto mais polêmico da dieta paleo: Jejum!

Por fim, o ponto mais polêmico da dieta paleo: prega o jejum, provavelmente inspirado na dificuldade que os homens do Paleolítico tinham de encontrar comida todos os dias. O indicado é ficar de 16 até 24 horas sem ingerir nenhum alimento.
Importante ressaltar que o ideal é mantermos índices estáveis de glicose para o corpo ficar bem. O jejum prolongado pode causar hipoglicemia, dificuldade de concentração, perda de massa muscular, entre outros males. No falta de fornecimento energético, nosso corpo tende a consumir os músculos para produção de energia, o que causa a formação de ácido úrico, ureia e amônia, compostos tóxicos ao organismo que podem levar a sobrecarga renal e hepática. Portanto, cuidado! Esta prática não é tão indicada.

Vamos conferir os pontos positivos e pontos negativos da dieta paleo?

Pontos Positivos

  • Saciedade aumentada: Proteínas e gorduras saciam mais do que carboidratos!
  • Desintoxicante: A dieta faz uma limpeza no corpo e elimina substâncias alergênicas, como corantes, conservantes e estabilizantes.
  • Estímulo a alimentação natural, com comida de verdade! Nada de industrializados e refeições “lanche”. Você ganha disposição e melhora da qualidade de sono, digestão facilitada e menos sintomas gastrointestinais, melhora do sistema imunológico e condicionamento físico.
  • Pode haver melhora nos níveis de colesterol, glicemia e gordura no fígado.
  • Favorece a perda de peso e manutenção de peso saudável.

Pontos Negativos

  • Dieta restritiva: Faça boas escolhas por prazer e não por obrigação. Devemos ter o alimento como aliado e não como inimigo ou algo proibido.
  • Alimentação monótona.
  • Não considera as diferenças bioquímicas entre as pessoas. Exemplos: pacientes que comem proteína animal à noite, passam mal e não dormem bem. Outros que exageram nos carboidratos nesse horário, incham e ganham peso rápido. Algumas pessoas tem uma melhora na digestão com o consumo separado de proteínas e carboidratos, outras precisam dessa combinação para controle do índice glicêmico. Pacientes com alergias e intolerâncias, questões genéticas e carências nutricionais, fatores que devem ser avaliados individualmente).
  • Restrição à vida social.
  • Cardápio pobre em cálcio: não indicado para adolescentes e mulheres na menopausa.

Vamos concluir?

Como nutricionista, acho válida a aplicação da dieta paleo para quem busca a perda de peso, especialmente se essa pessoa funciona bem com restrições de grupos e gosta de comer gorduras e proteínas. Muito melhor restringir um grupo e perder peso com saúde (focando nos alimentos naturais, nas frutas e verduras) do que comer pouco, contar calorias e ter que lidar com fome e compulsão alimentar.
Uma dieta variada que respeita as preferências alimentares, estilo de vida, objetivos e necessidades individuais ainda é o melhor caminho para o ganho de saúde e perda de peso, pois pode ser mantido para a vida toda com mais facilidade.
Por isso a importância da procura de um profissional. Só debatendo as necessidades e objetivos individuais em consulta, que poderemos definir qual seria a melhor estratégia alimentar.

ATENÇÃO:

A redução de carboidratos (Low carb) é uma estratégia nutricional que pode ser benéfica para alguns casos específicos, ou seja, não significa que vai funcionar para qualquer pessoa. É importante ressaltar que a restrição de carboidrato a longo prazo pode ter efeitos contrários ao desejado, causando um estresse no metabolismo que leva a perda de massa muscular e acúmulo de gordura.

Podem surgir sintomas como fraqueza, tontura, indisposição, irritação e outros. O aumento de proteínas também pode prejudicar o funcionamento dos rins. Por isso, essa dieta não é indicada para todas as pessoas, especialmente para diabéticos, portadores de pressão alta, doenças renais, para mulheres em aleitamento materno e para a maioria dos atletas.

Consulte um nutricionista para orientar uma alimentação balanceada e equilibrada para você!

Saiba mais sobre o efeito das dietas restritivas no nosso corpo na matéria Fazer dieta desacelera o metabolismo e engorda!

Por Amanda Oliveira
Nutricionista – CRN 8/7460

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Iogurte Grego: Qual preferir?

energie_iogurtegrego-blog
Muito consumido atualmente, o iogurte grego ficou conhecido pela sua cremosidade e pelo seu maior teor de proteína. Existem algumas opções disponíveis no mercado, portanto é interessante saber qual a diferença entre elas.
TRADICIONAL
O iogurte grego tradicional é cremoso, com consistência firme e textura aveludada. Em sua composição nutricional há uma maior quantidade de gordura.
LIGHT
O iogurte grego light contém uma maior quantidade de cálcio e menor quantidade de gordura na sua composição em relação ao tradicional, o que confere uma menor quantidade de calorias totais, porém a consistência é bem semelhante.
SEM AÇÚCAR
O iogurte grego sem adição de açúcares é ideal para uso culinário, pois pode ser acrescentado em receitas doces ou salgadas. Em relação à composição nutricional, ele é bem semelhante ao tradicional, porém com maior quantidade de cálcio.
KIDS
O iogurte grego kids é acrescido de algumas vitaminas e minerais, como, ferro, zinco, vitamina D, entre outros. O valor energético se aproxima do tradicional quando comparado.
ZERO LACTOSE
O iogurte grego zero lactose é acrescido da enzima lactase, portanto é ideal para quem tem intolerância à lactose, mas não é retirado a proteína do leite, ou seja, pessoas com alergia à proteína do leite não devem consumir. Em relação à quantidade de gordura, proteína e calorias, esta opção é bem semelhante ao tradicional.
COM SABOR
O iogurte grego com sabor é o mesmo que o tradicional, porém acrescido de corantes, aromatizantes e frutas.
Por Laís Bolela
Nutricionista – CRN8/8548

opção saudável de achocolatado

Achocolatado: Qual o mais saudável?

Os achocolatados em pó são frequentemente incluídos na alimentação de crianças e até mesmo de adultos para dar sabor ao leite, sendo muitas vezes utilizados em grandes quantidades diárias.

O que muitos não sabem é que a quantidade de açúcar adicionado a esse achocolatado chega a ser 10 vezes maior do que a de cacau, fazendo com que o produto seja composto por aproximadamente 70% de açúcar. Portanto, é importante ficar de olho no que você está dando para seu filho, pois o consumo excessivo desse produto, por conter muito açúcar, pode causar diversos problemas como obesidade e cárie.

Para lhe ajudar a entender um pouquinho do que são feitos esses achocolatados, segue abaixo a comparação de 4 marcas encontradas no mercado:

MARCA 1

achocol-01 Ingredientes
Açúcar, cacau em pó, maltodextrina, minerais, vitaminas, emulsificante lecitina de soja, antioxidante ácido ascórbico e aromatizantes. Contém glúten. Contém traços de leite.

  • Açúcar é o ingrediente em maior quantidade no alimento (1º na lista de ingredientes);
  • Maltodextrina (3º ingrediente em maior quantidade) – Carboidrato que é rapidamente transformado em glicose no sangue;
  • 20g do produto contém 15g de açúcar;
  • Pote de 400g contém no total 300g de açúcar.

CONCLUSÃO Marca 1: 75% DO PRODUTO É AÇÚCAR!!!

MARCA 2

achocol-02 Ingredientes
Açúcar, cacau em pó, Extrato de malte, Sal cloreto de sódio, soro de leite em pó, Leite desnatado em pó, vitamina C, vitamina B3, vitamina B2, vitamina B6, vitamina B1, vitamina A, Vitamina D, lecitina de soja, aromatizante. Contém glúten.

  • Açúcar é o principal ingrediente;
  • Porção de 20g contém 18g de açúcar;
  • Pote de 400g contém 360g de açúcar;

CONCLUSÃO Marca 2: 90% DO PRODUTO É AÇÚCAR!!!

MARCA 3

achocol-03 Ingredientes
Açúcar, extrato de cereal (cevada e malte), glucose, cacau em pó, soro de leite em pó, Leite em pó integral, ovo em pó, sal, vitaminas (niacina, E, ácido pantotênico, B1, B6, B2, A, ácido fólico, D e B12), minerais (cálcio, ferro, zinco, manganês, iodo), canela em pó, regulador de acidez carbonato de sódio, emulsificante lecitina de soja e aromatizante. Contém glúten.

  • A informação nutricional não especifica a quantidade de açúcares, porém o mesmo continua em 1º lugar na lista de ingredientes;
  • O terceiro ingrediente em maior quantidade é a glucose, outro tipo de açúcar;
  • O cacau em pó aparece apenas em 4º lugar na lista de ingredientes.

MARCA 4

achocol-04 Ingredientes
Cacau em pó solúvel, açúcar e aromatizante. Não contém glúten.

  • O cacau é o principal ingrediente;
  • A informação nutricional não especifica a quantidade de açúcares, porém apesar de conter esse ingrediente, ele não é o principal, aparecendo apenas em 2º lugar na lista;
  • Pode ser utilizado por pacientes celíacos, pois não possui glúten;
  • Não possui sódio;
  • Possui fibra alimentar.

Mas e o achocolatado na versão light, é melhor?

Quando comparamos as versões originais acima com as suas versões light percebemos uns valores bem diferentes de açúcares e calorias, nos dando a impressão que houve uma redução de aproximadamente 50% desses ingredientes, porém o que ocorre é uma redução na porção, nem sempre nos ingredientes.

Marca 1

Nesse caso, a informação nutricional do produto tradicional é referente a uma porção de 20g do produto e a da versão light referente a 9,5g. Quando transformamos os valores da versão tradicional para 9,5g do produto podemos então fazer a comparação correta dos dois produtos:
energie_achoc-comp1

  • Redução de apenas 0,8g de açúcar da versão tradicional para a versão light, por porção;
  • Mesmo na versão light o produto continua possuindo mais de 50% do conteúdo de açúcar.

Marca 2

Ocorre o mesmo processo da marca anterior, onde na versão tradicional a porção é de 20g e na versão light de 10g. energie_achoc-comp2

  • Redução de 1,8g de açúcar da versão tradicional para a versão light, por porção;
  • A versão light ainda apresenta 72% do seu conteúdo sendo açúcar.

Marca 3 e 4

Não apresentam a versão light!

E o achocolatado DIET?

Os achocolatados diet não tem adição de açúcar, por isso acabam tendo uma redução na quantidade de calorias. Porém, a maioria dos achocolatados desse tipo acabam adicionando uma grande quantidade de adoçantes artificiais, como acessulfame-K, ciclamato de sódio, aspartame, entre outros, que em excesso podem causar danos para a nossa saúde.

Como substituir o achocolatado na sua refeição ou do seu filho?

O cacau em pó 100% sem açúcar é uma ótima opção, pois ele tem ação antioxidante, vasodilatadora, ajuda a reduzir os níveis de triglicerídeos e colesterol total, ajuda a aumentar os níveis de HDL (colesterol bom) e ainda melhora a concentração e proporciona energia.
Porém, como o sabor do cacau é mais amargo, seu filho pode estranhar no início por estar acostumado com o sabor mais adocicado dos achocolatados, portanto, para iniciar você pode começar adicionando um pouco de açúcar mascavo na mistura e ir reduzindo durante os dias até seu filho ir acostumando com o sabor mais forte do cacau.
Outra dica legal é bater o leite com morango e outras frutas, assim cada dia o leite terá uma cor e um sabor diferente, além de uma variedade de nutrientes e fibras.

Tapioca é melhor que pão? Tapioca engorda? - Energié

Tapioca é melhor que pão?

Essa delícia está sendo muito consumida atualmente por aqueles que estão de dieta, mas será que tapioca é melhor que pão? Será que ela engorda? E todo mundo pode consumir? Vamos lá tirar essas dúvidas!

O que é a Tapioca?

A tapioca é uma receita tradicional indígena, feita com fécula de mandioca, e muito comum no nordeste do Brasil. Essa fécula, quando colocada sobre uma superfície quente, fica parecendo uma panqueca e é consumida com vários recheios, tanto doces quanto salgados.

Tapioca é melhor que pão?


Nos últimos anos a tapioca se espalhou pelo Brasil e vem sendo consumida por muitas pessoas em substituição ao pão, uma vez que é de fácil preparo e versátil em relação aos recheios.
Além disso, a tapioca é uma ótima opção para celíacos e intolerantes ao glúten, pois não contém essa proteína na sua composição.
Em comparação ao pão, as principais diferenças são em relação à quantidade de gorduras e sódio, que são bem menores na tapioca, o que pode ser benéfico para pacientes hipertensos, por exemplo.
Porém, em relação ao índice glicêmico (IG), a tapioca perde a briga: por ser composta basicamente por carboidratos e quase não ter fibras, tem um índice glicêmico alto, ou seja, aumenta rapidamente a glicose sanguínea. Diabéticos devem ter muito cuidado ao consumi-la!

Na tabela abaixo, comparamos as calorias, nutrientes e índice glicêmico do pão branco, pão integral e tapioca:

Pão Branco (1 fatia)

Pão Integral (1 fatia)

Tapioca (2 col. de sopa)

Calorias 66 kcal 83 kcal 65 kcal
Carboidratos 13 g 13 g 16 g
Proteína 2 g 3,5 g 0,5 g
Gorduras 0,82 g 2,1 g 0,2 g
Sódio 170 mg 172 mg 11 mg
Fibras 0,6 g 1,5 g 0,5 g
Índice glicêmico* 100 70 115

3 dicas na hora de comer a tapioca

Claro que ninguém precisa abrir mão do consumo dessa delícia, é só seguir algumas dicas:

1. Utilizar fontes de proteínas no recheio para reduzir o IG

Queijo cottage, queijo branco, ricota, frango desfiado, atum, ovo.

2. Utilizar fibras na massa para reduzir o IG

Utilize fibras como chia e farinha de aveia, por exemplo.

3. Consumir a tapioca no pós-treino

Após o exercício físico é recomendado o consumo de carboidratos de alto índice glicêmico, então sempre prefira ingerir a tapioca nesse momento do dia!
Leia também: 10 receitas para passar no pão que além de saudáveis são deliciosas!
Agora que você já tirou a dúvida se tapioca é melhor que pão, e aprendeu a inseri-la na sua rotina, é só aproveitar! Peça ajuda ao seu nutricionista para avaliar quais as melhores opções e acompanhamentos para você em cada horário do dia!

energie_diadoidoso-blog

Recomendações para a Melhor Idade

energie_diadoidoso-blog Segundo dados do IBGE (2014), o Brasil possui 21 milhões de pessoas com mais de 60 anos e 48,9% sofre de mais de uma doença crônica (hipertensão, diabetes, câncer…). Para continuar com saúde e disposição, prevenindo e tratando as doenças já instaladas, a alimentação é um ponto fundamental. Sob o ponto de vista nutricional, a desnutrição é bastante comum em idosos. São observadas alterações fisiológicas como alterações na dentição, que dificultam a mastigação; das funções digestiva, absortiva, gástrica e intestinal, que estão reduzidas (reduzindo assim a absorção dos nutrientes). É também freqüente a interferência da questão financeira. Com os baixos valores das aposentadorias, há a dificuldade de aquisição de maior variedade alimentar, o que reduz as chances do indivíduo ter acesso a todos os nutrientes necessários. Devido a inatividade, o idoso também apresenta alterações físicas, como a redução de massa muscular, muitas vezes em concomitância com a perda de função do músculo, mais conhecida como sarcopenia, aumentando risco de quedas e habilidade de preparo de refeições. A depressão é outro problema que freqüentemente está refletido na alimentação, pois o idoso passa a desenvolver tendência ao isolamento e perda de apetite. A perda do cônjuge ou de pessoa próxima é um dos principais fatores desencadeantes. Torna-se essencial a presença de familiares e cuidadores, os quais devem estar sempre atentos aos hábitos alimentares e a perda de peso, que em alguns casos pode ser sinal de alguma doença em desenvolvimento.
Então quais seriam as recomendações para a melhor idade? Confira abaixo.
O fracionamento aumentado e o volume reduzido das refeições, facilita o processo de digestão, absorção e aproveitamento dos alimentos. Portanto, é recomendável o consumo de quatro a seis refeições diárias, como por exemplo: desjejum, lanche manhã, almoço, lanche tarde e jantar. É importante que a refeição apresente aspectos agradáveis como: cor, sabor, aroma e textura;
O uso de carboidratos complexos (batata, arroz integral, mandioca, pães integrais) e fibras na dieta (aveia, farelo de trigo, frutas e hortaliças) são altamente indicados por serem importantes na prevenção e controle de doenças cardiovasculares, diabetes e obstipação intestinal, comuns nesta fase da vida;
Com relação às gorduras, recomenda-se que se reduza o uso de gordura saturada (carnes gordas, leites e derivados integrais, óleo de dendê e coco) e colesterol, dando preferência às gorduras insaturadas (óleos vegetais – soja, milho, canola, azeite de oliva – peixes, linhaça, oleaginosas – castanhas, nozes, amêndoas). Substituir as carnes gordas (porco, picanha, costela, contra filé) e os embutidos (lingüiça, salsicha, salame, mortadela, presunto), pelas carnes magras (filé mignon, coxão mole, patinho e lagarto) e carnes brancas (frango sem pele e peixes);
Os idosos devem ter cuidado para não restringir a alimentação a carboidratos e às formas líquida ou pastosa, como as sopas. Embora mais fáceis de ingerir e preparar, devem estar sempre acompanhados de frutas, verduras e proteína. Estas estão presentes especialmente nas carnes, ovos e laticínios.
A desidratação é um problema corriqueiro em idosos devido a redução da percepção de sede. A inadequada ingestão de água leva à problemas associados com hipertensão, elevação na temperatura corporal, obstipação intestinal, secura das mucosas e problemas renais (pela diminuição da excreção de urina). Portanto consuma de 4 a 6 copos de água, chás e sucos por dia;
O uso de suplementos polivitamínicos deve ser utilizado somente mediante orientação e prescrição de profissional capacitado (nutricionista ou médico), pois seu uso indiscriminado pode acarretar problemas. A vitamina A, por exemplo, é hepatotóxica quando em excesso.
Bibliografia: Bib Fatores que afetam o consumo alimentar e a nutrição do idoso (Revista de Nutrição, vol.13, n.3, ano 2000) – Campos et al; A importância da nutrição na terceira idade (Revista Nutrição em Pauta) – Dr. Dan L. Waitzberg.
Por Amanda Oliveira Nutricionista – CRN 8/7460

motivos para procurar um nutricionista

10 motivos para procurar um nutricionista

Ao contrário do que muita gente pensa, o profissional nutricionista não auxilia apenas no emagrecimento, mas se faz necessário para muitos outros aspectos que envolvem saúde e qualidade de vida. Você está em dúvida? Vamos esclarecê-las lhe dando 10 motivos para procurar um nutricionista e melhorar sua alimentação.

10 motivos para procurar um nutricionista hoje mesmo!

1. Capacitação

motivos para procurar um nutricionista - capacitação
O nutricionista estudou no mínimo 4 anos sobre todos os assuntos que envolvem alimentação: o funcionamento do corpo humano, doenças, nutrientes, como os alimentos se comportam quando são ingeridos e quais as técnicas mais saudáveis e mais seguras de preparo deles.

2. Prescrição de Dietas

motivos para procurar um nutricionista - dieta
Apesar de outros profissionais de saúde poderem realizar orientações nutricionais, a lei determina que o nutricionista é o único profissional que pode prescrever dietas. Portanto não aceite que outros profissionais entreguem a você um plano alimentar detalhado!
Leia também: Porque seguir um Plano Alimentar Individualizado feito especialmente para você?

3. Prevenção e tratamento de doenças

motivos para procurar um nutricionista - doenças
O nutricionista não trabalha só com redução de peso.
O objetivo de uma reeducação alimentar é prevenir doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes e hipertensão, por exemplo. No caso de doença já instalada, o nutricionista vai orientar quais alimentos devem ser priorizados e quais devem ser evitados.

4. Alimentação Personalizada

motivos para procurar um nutricionista - personalização
O objetivo do nutricionista clínico é preparar um plano alimentar que seja adequado ao seu organismo e seu dia a dia. Ele vai te ajudar a adaptar sua alimentação de uma forma que respeite sua cultura e suas preferências.

5. Alimentação para cada fase da vida

motivos para procurar um nutricionista - fases da vida
Para cada idade existem orientações nutricionais específicas que podem fazer diferença na sua saúde.
Quando uma mulher engravida, por exemplo, vários são os cuidados necessários para uma gestação saudável.
Ou então, quando chegamos à terceira idade, percebemos que nosso corpo sofre mudanças por causa do envelhecimento das células e mais uma vez algumas adequações na alimentação precisam acontecer.

6. Exercício Físico

motivos para procurar um nutricionista - exercício físico
Sabia que cada esporte ou exercício demanda nutrientes em quantidades específicas do nosso corpo?
O nutricionista vai ajudá-lo a ajustar a alimentação para ter resultados melhores no seu exercício.

7. Alergias e intolerâncias alimentares

motivos para procurar um nutricionista - alergias alimentares
Muitas pessoas descobrem em determinado momento da vida que têm algum tipo de alergia ou intolerância à alimentos, como o glúten e a lactose e se sentem perdidas, sem saber o que podem consumir.
O nutricionista tem a função de ensinar o paciente como identificar os alimentos que são livres da substância que faz mal a ele e como substituir alimentos para que não ocorram deficiências nutricionais.

8. Seu intestino vai bem?

motivos para procurar um nutricionista - intestino
O intestino é um dos órgãos mais importantes do nosso organismo, principalmente para absorção de nutrientes e para o adequado funcionamento do sistema imunológico.

Você sabia que temos 10 vezes mais bactérias no corpo do que células?

E, se a quantidade de bactérias patogênicas no intestino for maior que a de bactérias benéficas, pode acontecer algo que chamamos de disbiose intestinal, que tem vários sintomas, como deficiências de vitaminas e minerais, estresse, maior vontade de consumir doces, flatulência, micoses, processos alérgicos, entre muitos outros.
O nutricionista é capacitado para identificar problemas em relação ao funcionamento intestinal e ajudá-lo a resolver, seja através de uma alimentação adequada ou de suplementação de probióticos, que são as bactérias benéficas que habitam nosso intestino.
Leia também: Você sabia que o intestino é considerado nosso segundo cérebro?

9. Decifrando Rótulos

motivos para procurar um nutricionista - rótulos
Você sabe o que são todos aqueles ingredientes na embalagem dos alimentos? E tem ideia de como escolher melhor os alimentos olhando os rótulos? O nutricionista é o profissional ideal pra auxiliá-lo nessa tarefa difícil de decifrar os nomes estranhos e fugir de “alimentos armadilhas”.

10. Sustentabilidade

motivos para procurar um nutricionista - sustentabilidade
Quando você realizar uma reeducação alimentar com um nutricionista, ele tem como missão, além de planejar orientações adequadas à sua rotina, orientar formas de reduzir desperdício de alimentos e sempre estimular o consumo de frutas e hortaliças de cada estação, que normalmente são mais baratas e exigem menos recursos para sua produção.
O nutricionista é o profissional que, em primeiro lugar, pensa em qualidade de vida e prevenção de doenças! Agora que você já tem vários motivos para procurar um nutricionista, corre melhorar sua alimentação e sua saúde.