dieta low carb high fat

Dieta Low Carb High Fat: você sabe o que é?

A dieta Low Carb High Fat (LCHF) vem ganhando cada vez mais espaço na mídia como estratégia para perda de peso.
A ideia principal dessa dieta é reduzir bastante a quantidade de carboidratos da alimentação para atender apenas cerca de 5 a 10% das calorias totais (20 a 60g por dia), sendo que as proporções recomendadas para uma pessoa saudável vão de 45 a 65% da energia total.
Essa diminuição das calorias provenientes do carboidrato é compensada com o aumento de gorduras, principalmente as insaturadas, presentes nos óleos vegetais como o azeite, abacate, coco e castanhas no geral, e de proteínas, provenientes de carnes e laticínios magros.
Essa dieta leva em consideração as rotas metabólicas do organismo, que acumula o excesso de açúcar (glicose) consumido pela alimentação na forma de gordura corporal. A ingestão diminuída de carboidratos, teoricamente, reduziria os níveis de glicose no sangue, estimulando a queima de gordura corporal para sua utilização como fonte de energia.

O que é permitido comer na Dieta Low Carb High Fat?

Pode-se comer:

  • manteiga
  • azeite e outros óleos vegetais
  • nata
  • queijos brancos
  • ovos
  • carne, frango, peixe, frutos do mar
  • abacate
  • legumes e verduras (exceto raízes e tubérculos como batata, mandioca, mandioquinha, batata doce, etc.)

O que é proibido comer na Dieta Low Carb High Fat?

Não é permitido comer:

  • massas
  • pães
  • tubérculos (batata, mandioca, mandioquinha, batata doce, etc.)
  • arroz
  • batata frita
  • açúcar
  • doces
  • cereais e farinhas de cereais (milho, aveia, granola)
  • biscoitos
  • cerveja.

Um artigo de revisão feito publicado pela Associação Médica Americana em 2006, mostrou que a abordagem LCHF pode ser mais efetiva para perda de peso do que a alimentação equilibrada, com níveis de carboidrato, gorduras e proteínas em níveis balanceados.
Os participantes do grupo LCHF apresentaram uma diferença média de 3,4 kg para menos, se comparado ao segundo grupo. Entretanto essa diferença desaparece após o período de 3 a 6 meses, quando ambos os grupos mantêm perdas similares de peso.

ATENÇÃO:
A redução de carboidratos (Low carb) é uma estratégia nutricional que pode ser benéfica para alguns casos específicos, ou seja, não significa que vai funcionar para qualquer pessoa. É importante ressaltar que a restrição de carboidrato a longo prazo pode ter efeitos contrários ao desejado, causando um estresse no metabolismo que leva a perda de massa muscular e acúmulo de gordura.
Podem surgir sintomas como fraqueza, tontura, indisposição, irritação e outros. O aumento de proteínas também pode prejudicar o funcionamento dos rins. Por isso, essa dieta não é indicada para todas as pessoas, especialmente para diabéticos, portadores de pressão alta, doenças renais, para mulheres em aleitamento materno e para a maioria dos atletas.
Consulte um nutricionista para orientar uma alimentação balanceada e equilibrada para você!
Saiba mais sobre o efeito das dietas restritivas no nosso corpo na matéria Fazer dieta desacelera o metabolismo e engorda!
pressão alta grãos integrais

Você tem pressão alta? Invista nos grãos integrais!

Você sofre de pressão alta? Então temos uma notícia para você!

Um estudo publicado no The Journal of Nutrition, realizado com 40 homens e mulheres com sobrepeso ou obesidade, com idade superior a 50 anos e sem história de doenças cardiovasculares, mostrou que a melhora da pressão arterial foi 3 vezes maior em adultos com sobrepeso e obesidade quando estes consumiram uma dieta com grãos integrais em comparação a uma dieta contendo grãos refinados.
Outros estudos sugerem também uma relação inversa entre a ingestão de fibras e níveis de pressão arterial, ou seja, quanto maior o consumo de fibras, menor a pressão arterial.

Então, vamos consumir mais fibras! Saiba mais sobre elas:

As fibras podem ser classificadas em dois tipos, baseadas em suas propriedades e efeitos no nosso organismo: fibras solúveis ou insolúveis.
As fibras solúveis dissolvem-se na água formando uma espécie de gel no estômago.
Fontes de fibras solúveis: frutas, vegetais, feijões, aveia, cevada, castanhas e semente de linhaça.
Já as fibras insolúveis não se dissolvem em água e possuem um efeito laxativo.
Fontes de fibras insolúveis: grãos e cereais integrais (farelo de trigo, farinha de trigo integral, leguminosas (feijão, lentilha, grão de bico, ervilha) e vegetais (pepino, pimentão, brócolis, couve, berinjela, rabanete) e algumas frutas (maçã, morango).
Recentemente, a Dietary Approaches to Stop Hypertension (conhecida como dieta DASH), que prioriza o consumo de frutas e vegetais (alimentos ricos em fibras), mostrou-se associada a uma redução dos níveis de pressão arterial em indivíduos com diabetes tipo 2, quando comparados a pacientes sem esse tipo de dieta.
Quer saber mais? Leia sobre a Dieta DASH clicando aqui!

Fique atento!

Seguem algumas dicas para reduzir a pressão arterial:

  • Consuma frutas e hortaliças: consuma diariamente pelo menos 3 porções de frutas e 3 de hortaliças.
  • Dê preferência aos integrais: como pães, biscoitos, cereais integrais, pois são ricos em fibras, vitaminas e minerais.
  • Aumente seu consumo de potássio: feijões, ervilhas, vegetais de cor verde escura (espinafre, brócolis, repolho, etc.), banana, melão, cenoura, beterraba, frutas secas, tomate, batata inglesa, laranja, damasco, melancia, goiaba, e abacate.
  • Aumento seu consumo de magnésio: Consuma alimentos fontes como: couve, salsa, espinafre, gérmen de trigo, pão integral, nozes, amêndoas.
  • Alimentos fonte de cálcio: leite e iogurte desnatados e queijos brancos.
perda de peso pode aumentar o apetite

Perda de peso pode aumentar o apetite em até 3 vezes!

Um estudo realizado por Polidori e colaboradores verificou que a perda de peso pode aumentar o apetite. Mas, como isso é possível?
Sabemos que para o manter o nosso peso, há a necessidade de equilibrarmos o que comemos e o que gastamos, mas até o momento não era possível avaliar como nosso organismo reagia frente ao consumo de alimentos, armazenamento e gasto de energia em humanos.
Os cientistas já sabiam que pacientes com diabetes tipo 2 que recebem o inibidor de cotransportador de sódio-glicose 2 (SGLT2), canagliflozina, como parte da estratégia para redução da glicemia, excretam uma quantidade fixa de glicose na urina (o que causa perda de peso). A partir daí, os autores deste estudo utilizaram e validaram um modelo matemático para calcular as mudanças no consumo calórico durante um estudo placebo controlado desse medicamento.
Essa pesquisa teve duração de 52 semanas, sendo que 153 pacientes receberam canagliflozina e 89 pacientes receberam placebo.
Os pacientes que receberam placebo haviam perdido menos de 1kg ao final do estudo.
Já os pacientes que receberam canagliflozina excretaram 90g/dia de glicose, mas não relataram sentir menos energia durante o dia, e, ao final do estudo, chegaram a perder em média 4 kg. Apesar disso, eles comeram cerca de 100 kcal/dia a mais por quilo de peso perdido, ou seja, uma quantidade mais de três vezes maior do que as adaptações às perdas energéticas correspondentes, por isso, a perda de peso com a canagliflozina foi menor do que poderia ter sido, devido ao aumento do apetite dos pacientes.
Com essa abordagem, os autores descobriram então que a perda de peso leva a um aumento proporcional do apetite, ou seja, para cada quilo de peso que perderam, os pacientes consumiram 100 calorias extras por dia, ou seja, mais de três vezes do que precisariam para manter o peso.
Embora a redução do gasto calórico tenha sido muitas vezes considerada a principal razão para a desaceleração da perda de peso e subsequente recuperação do peso corporal, os resultados desse estudo sugerem que um aumento relativamente pequeno no apetite pode explicar a grande dificuldade que as pessoas têm para perder peso e manter essa perda ao longo do tempo, por isso o controle de feedback do consumo de energia desempenha um papel importante.
Vale ressaltar que esses dados ainda são precoces e por isso outros estudos ainda precisam ser desenvolvidos para confirmação.

economizar na alimentação

10 dicas para você economizar na alimentação

A alimentação saudável frequentemente está associada a um gasto maior no orçamento e por isso muitas pessoas acabam pensando duas vezes antes de procurar uma reeducação alimentar. Mas, nós viemos acabar com esse mito de que é preciso ter muito dinheiro pra ter uma alimentação equilibrada e te ajudar a economizar na alimentação sem economizar na saúde.

Confira abaixo 10 dicas de como economizar na alimentação do seu planejamento alimentar:

1. Planeje as refeições da semana!

Esquematize num caderninho o que você irá comer em cada uma das refeições do dia durante toda a semana: café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia. Apesar de parecer um pouco trabalhoso, esse passo é fundamental para ajudar no planejamento das compras, na economia e também na otimização do seu tempo.

2. Faça a lista de compras!

Monte a lista do supermercado baseado no seu planejamento de refeições semanais e não compre alimentos que não serão utilizados durante a semana. Para reduzir a lista de compras, programe as suas refeições em cima de alimentos que você já possui em casa e compre somente o que estiver faltando para as preparações.

3. Mais comida de verdade e menos comida da moda e industrializados!

Alimentação equilibrada tem que ter arroz, feijão, frutas, verduras, legumes, etc. Não precisa gastar seu dinheiro com todos os alimentos novos e milagrosos que saem semanalmente na internet e que são caríssimos.

4. Organize os alimentos por data de validade!

Chegar em casa e jogar todos os alimentos no armário/geladeira é uma péssima ideia, pois você pode acabar esquecendo aquele alimento com a validade mais próxima lá no fundo do armário e quando se der conta ele já venceu.
Deixe sempre na frente os alimentos que estão com o prazo de validade mais próximo, assim você evita desperdiçá-los.

5. Atenção aos alimentos da época!

As frutas, verduras e legumes são encontrados durante o ano todo nos supermercados e feiras, porém cada um tem sua época ideal de cultivo e colheita. Ficar de olho na sazonalidade de cada um é importante, pois nessa época eles são mais ricos em vitaminas e minerais, além de serem mais baratos. Consulte aqui o cronograma de Sazonalidade do Ceagesp!

6. Compre produtos a granel!

Se tiver a oportunidade de ir a feiras, mercados municipais ou lojas que vendam produtos a granel, você pode conseguir produtos legais como castanhas, linhaça, aveia e outros grãos mais baratos do que as embalagens fechadas encontradas nos mercados.

7. Leve seu almoço/lanche para o trabalho!

Levar nossa comida de casa pode causar uma economia e tanto no fim do mês. Aprenda como montar sua marmita, clicando aqui!

8. Pode ter glúten e lactose!

Produtos isentos de glúten e lactose tem o custo bem elevado e são recomendados apenas para pacientes que possuem algum tipo de intolerância/alergia a esses componentes. Portanto, se você não tem, não aumente mais a conta do supermercado com esse tipo de produto.

9. Reaproveite os alimentos!

Não descarte os talos, as folhas e as cascas dos alimentos, pois eles podem ser utilizados em diversas outras receitas para variar o cardápio e dar uma turbinada nos nutrientes do seu dia.  Veja nessa outra matéria algumas receitas de aproveitamento integral de vegetais.
O Programa Mesa Brasil, do SESC, também tem um material com várias receitas de reaproveitamento integral de alimentos, clique aqui para fazer o download.

10. Cozinhe!

Comer fora todo dia pode sair bem caro, além de muitas vezes fazer a gente sair do foco, já que é muito difícil resistir às diversas tentações que aparecem no meio do caminho.
Cozinhando em casa, além de economizar na alimentação, você pode brincar com os ingredientes e criar novas receitas saudáveis e deliciosas.
O plano alimentar deve ser montado individualmente levando em consideração diversos fatores, dentre eles as condições financeiras do paciente. Converse com seu nutricionista para ajustar sua alimentação de acordo com suas necessidades e seu bolso!

receita-proteica-sem-carne

8 receitas proteicas sem carne que irão lhe auxiliar a ganhar massa magra!

O ganho de massa muscular está relacionado diretamente com a alimentação, e principalmente, ao consumo de alimentos fontes de proteína.
“Nutri, isso quer dizer que se eu não como carne não terei resultados no ganho de massa muscular?”
Engano seu!! Com uma alimentação bem equilibrada podemos ter resultados mesmo sem ingerir carne, e isso é possível através das proteínas vegetais e do ovo. Mas não sabe como colocar essas preparações no seu dia-a-dia?

Abaixo listamos 8 receitas proteicas sem carne que irão lhe auxiliar no ganho de massa muscular, e o melhor, deliciosas e saudáveis!!

Omelete de espinafre

Ingredientes:

  • 2 ovos inteiros
  • 10 folhas de espinafre
  • ½ tomate médio picado
  • 1 colher de sopa de cottage
  • Sal e temperos à gosto

Modo de Preparo
Em uma tigela bata bem os ovos e adicione o espinafre picadinho, o cottage, o tomate e temperos à gosto. Bata novamente e leve à frigideira antiaderente até dourar os dois lados.

Ragu de cogumelos

Ingredientes

  • 200g cogumelos paris
  • 200g cogumelos shitake
  • 2 colheres de sopa de manteiga ghee
  • ½ cebola picada
  • 100 ml vinho branco
  • 250 ml creme de leite fresco
  • 1 colher de sopa de salsa picada
  • Sal e pimenta do reino à gosto

Modo de Preparo
Com um pano úmido, limpe bem os cogumelos paris e corte-os em quatro. Se estiverem pequenos, corte-os apenas em dois. Corte os talos dos shitakes, descarte-os e corte os chapéus em 4.
Coloque a manteiga em uma frigideira e deixe-a aquecer. Adicione a cebola e refogue até que ela comece a ganhar cor. Acrescente então os cogumelos e tempere com sal e pimenta. Quando eles estiverem começando a dourar, junte o vinho branco. Deixe o vinho perder o cheiro de álcool e reduzir até quase secar. Adicione então o creme de leite fresco, misture e deixe reduzir até que o molho fique espesso.
Tempere com sal e pimenta à gosto, desligue o fogo e acrescente a salsa picada.

Crepioca com ricota e nozes

Ingredientes

  • 6 unidades de nozes picadas
  • 2 colheres de sopa de ricota amassada com o garfo
  • Salsinha à gosto
  • 2 ovos
  • 2 colheres de sopa de farinha de tapioca
  • 1 pitada de noz moscada
  • Sal à gosto

Modo de Preparo
Em uma tigela bata bem os ovos com a farinha de tapioca e sal à gosto. Leve à frigideira antiaderente até dourar dos dois lados e virar uma “panqueca”. Em outra panela adicione a ricota, as nozes picadinhas e uma pitada de noz moscada. Leve ao fogo até esquentar bem e adicione em cima da panqueca, feche com a ajuda de uma espátula e sirva em seguida.

Risoto de quinoa com brócolis e ervilha

Ingredientes

  • ¼ de xícara de chá de quinoa em grãos
  • 1 xícara café de ervilha fresca
  • 2 xícaras café de brócolis picadinhos
  • 1 colher de chá de manteiga ghee
  • Sal à gosto
  • Salsinha e cebolinha à gosto

Modo de Preparo
Em uma panela adicione 2 xícaras de água e a quinoa e deixe cozinhar de 15 a 20 minutos. Em outra panela adicione a manteiga, o brócolis e a ervilha fresca, deixe refogando por aproximadamente 3 minutos (se necessário adicione um pouco de água). Após o cozimento de ambos adicione o brócolis e a ervilha na quinoa cozida, mexa bem e sirva em seguida.

Salada de grão de bico

Ingredientes

  • 1 xícara de grão de bico cozido
  • 1 tomate médio picado em cubos
  • ½ cebola média picada
  • 1 cenoura pequena ralada
  • 2 colheres de semente de chia
  • Sal à gosto

Modo de Preparo
Em uma tigela misture todos os ingredientes e tempere à gosto. Sirva acompanhado de salada de folhas.

Barrinha de cereal caseira

Ingredientes

  • 12 tâmaras sem caroço
  • 1/3 de copo de pasta de amendoim
  • 2 colheres de sopa de água
  • ¼ de copo de castanha de caju torrada
  • ¼ de copo de amêndoa torrada
  • ¼ de copo de castanha do Pará
  • 2 colheres de sopa de goji berry
  • 1 colher de sopa de semente de abóbora sem casca e torrada

Modo de Preparo
Coloque as tâmaras de molho em água por aproximadamente 10 minutos. Bata no processador a pasta de amendoim, as tâmaras, a água e reserve. Bata a castanha de caju, a amêndoa e a castanha do Pará. Junte todos os ingredientes triturados em uma tigela, acrescente a goji berry e a semente de abóbora. Acomode em uma assadeira, moldando com as mãos. Leve à geladeira por aproximadamente 1 hora e sirva.

Grão de bico crocante

Ingredientes

  • 2 xícaras de chá de grão de bico (deixar de molho de 6 a 12horas)
  • 4 colheres de sopa de azeite de oliva extra virgem
  • 1 colher de chá de sal do Himalaia
  • 1 colher de chá de pimenta do reino
  • 1 colher de cominho em pó
  • 1 colher de chá de páprica

Modo de Preparo
Pré-aqueça o forno a 200º. Coloque o grão de bico em uma panela com água e deixe cozinhar por aproximadamente 20 minutos. Escorra a água, misture o grão de bico com o azeite, o sal, a pimenta do reino, o cominho e a páprica. Espalhe o grão de bico em uma assadeira e leve ao forno, mexendo ocasionalmente até ficar dourado e crocante (cerca de 30 minutos). Deixe esfriar e sirva em temperatura ambiente.

Hambúrguer de lentilha

Ingredientes

  • 1 xícara de chá de lentilha
  • 1 cebola roxa ralada
  • 3 dentes de alho
  • 3 colheres de sopa de azeite de oliva
  • 4 colheres de sopa de farelo de aveia
  • Cheiro verde
  • Sal e pimenta à gosto

Modo de Preparo
Cozinhe a lentilha na panela de pressão por aproximadamente 30 minutos. Pique a cebola grosseiramente. Bata todos os ingredientes no liquidificador até formar uma massa consistente para moldar os hambúrgueres (se necessário acrescente mais aveia). Molde os hambúrgueres e finalize na grelha, na frigideira ou em assadeira untada no forno por aproximadamente 15 minutos.

melhores dietas

As 10 melhores dietas eleitas pelo mundo e a nossa opinião sobre elas!

Dizem que é depois do carnaval que o ano realmente começa, não é? E tem muita gente que embarca agora em uma promessa que fez lá no ano novo: emagrecer. Mas por onde começar? Procurar dietas na internet ou buscar um nutricionista? Infelizmente a primeira opção é a mais comum.
Entre a infinidade de dietas que você pode encontrar na internet, existem algumas que funcionam melhor e que são mais aceitas pelos profissionais de saúde.

Há alguns meses, a U.S News & World Report, importante revista norte americana, pediu que médicos e nutricionistas conceituados do país elegessem as 10 melhores dietas que existem mundo afora. Abaixo, nossa equipe explica e opina sobre cada uma delas:

1º lugar: Dieta DASH

Significado:

Dietary Approaches to Stop Hypertension – Abordagens dietéticas contra a hipertensão

Como funciona:

É uma dieta que protege contra doenças cardiovasculares. Deve-se consumir 4 a 5 porções de grãos, 4 a 5 porções de frutas, 4 a 5 de vegetais, 2 a 3 de laticínios magros e até 6 de proteínas animais magras. Inclui gorduras boas como o azeite de oliva e as oleaginosas quase diariamente. Permite doces menos de 5 vezes na semana. Além disso, é recomendável consumir no máximo 2300mg de sódio por dia.

É fácil de seguir?

Sim. Não restringe nenhum grupo alimentar, mas pede redução de quantidades de açúcar e sal. Pode ser difícil de segui-la quando for comer fora, já que restaurantes tendem a ter comidas cheias de sódio e gorduras ruins.

→ Nossa opinião:

É uma dieta que permite vários grupos de alimentos, rica em vitaminas e minerais, fácil de seguir e que previne principalmente contra doenças cardiovasculares, que são uma das maiores causas de morte no mundo. Especialmente para nós, brasileiros, é fácil inserir uma boa variedade de vegetais como a dieta sugere, já que nosso país tem boa disponibilidade desses alimentos. Portanto, dieta aprovada!

2º lugar: Dieta do Mediterrâneo

Significado:

Tem como base a alimentação dos países banhados pelo mar Mediterrâneo.

Como funciona:

Essa dieta é mais um “padrão alimentar” de alguns países do que uma dieta específica. Ela estimula o consumo de grãos integrais, leguminosas, oleaginosas, vegetais e frutas frescos, azeite de oliva, ervas aromáticas e especiarias, recomenda o consumo de peixes pelo menos duas vezes na semana e aves, ovos e laticínios com moderação. O consumo de doces e carnes vermelhas deve acontecer ocasionalmente. Também é hábito da população desses países tomar uma taça de vinho tinto por dia. É aconselhada para prevenção de doenças crônicas.

É fácil seguir?

Sim. Assim como a dieta DASH, o foco está nos vegetais e frutas frescos, o que é fácil para nós, brasileiros. Talvez a parte mais complicada seja ter acesso a peixes frescos com tanta frequência e reduzir o consumo de carnes vermelhas, um hábito bastante enraizado no nosso país.

→ Nossa opinião:

É uma dieta que permite muitas possibilidades de receitas, já que incentiva todos os tipos de vegetais, grãos, feijões e temperos naturais. O único ponto que questionamos é a carne vermelha. Acreditamos que o consumo das versões mais magras cerca de 2 a 3 vezes na semana não é prejudicial para a maior parte das pessoas e é mais acessível do que peixes em nosso país. Outro ponto que precisamos melhorar, é a ingestão de oleaginosas que não é muito frequente para a maioria das pessoas.

3º lugar: Dieta MIND

Significado:

Mediterranean-DASH Intervention for Neurodegenerative Delay – Intervenção DASH-Mediterrâneo para Atraso/Doenças Neurodegenerativas

Como funciona:

É uma junção das dietas DASH e do Mediterrâneo com o objetivo de prevenir a doença de Alzheimer. Os alimentos são classificados em 10 grupos de alimentos saudáveis para o cérebro: vegetais de folhas verdes, outros vegetais, oleaginosas, frutas vermelhas/roxas (berries), feijões, grãos integrais, peixes, aves, azeite de oliva e vinho. Devem ser evitados: carnes vermelhas, manteiga, margarina, queijos, doces, frituras e fast food. Não tem o objetivo de reduzir peso.

É fácil seguir?

Em geral, sim. Além do que já comentamos sobre as duas dietas acima, há outro ponto que pode ser difícil: consumir as berries com frequência, já que não são tão comuns no Brasil, e quando encontramos, o preço é alto.

→ Nossa opinião:

Não acreditamos que um alimento, quando consumido de forma eventual, seja capaz de desencadear uma doença. Portanto, nossa opinião é de que é possível inserir carnes vermelhas e manteiga na alimentação, com cautela. Tirando isso, é uma dieta baseada em vegetais e que permite a maior parte dos grupos alimentares.

4º lugar: Dieta “Flexitarian”

Significado:

Flexitarian é a junção de suas palavras: flexible (flexível) e vegetarian (vegetariano).

Como funciona:

Sabe-se que vegetarianos costumam ingerir menos calorias e serem mais magros do que não-vegetarianos, além de terem boa longevidade A ideia é acrescentar 5 grupos na sua dieta: as “novas carnes”, como tofu, feijões, oleaginosas, sementes e ovos, frutas e vegetais, grãos integrais, laticínios e açúcar e especiarias (desde ervas até adoçantes como agave). O plano é seguir essa dieta por 5 semanas, totalizando cerca de 1500 calorias por dia. A flexibilidade está em consumir carnes eventualmente, quando a pessoa quiser, mas manter a dieta vegetariana na maior parte do tempo.

É fácil seguir?

Para a maior parte das pessoas acostumadas a consumir carnes pode ser difícil seguir essa dieta, mas considerando que carnes são permitidas em ocasiões especiais, pode não ser tão desafiador. É uma dieta bastante viável, já que todos os alimentos permitidos são fáceis de encontrar e preparar, além de promoverem bastante saciedade.

→ Nossa opinião:

Por ser uma dieta baseada em vegetais, é ótima! Mas sempre que há restrição de um grupo alimentar temos que analisar individualmente se as necessidades de nutrientes estão sendo alcançadas. O risco dessa dieta é que o indivíduo consuma muito mais cereais e laticínios, que são mais calóricos, do que vegetais, que saciam muito e tem poucas calorias. Pensando em proteínas, é preciso também ter cuidado para alcançar a necessidade diária através dos feijões, laticínios e oleaginosas, mas é bastante possível fazer isso. Gostamos da flexibilidade que a dieta traz, permitindo que as carnes apareçam algumas vezes na alimentação, sem que isso comprometa o objetivo de emagrecimento e/ou longevidade.

5º lugar: Dieta da Clínica Mayo

Significado:

A Clínica Mayo, que criou a dieta, é bastante conceituada nos Estados Unidos.

Como funciona:

existe um livro guia para ajudar nessa dieta de perda de peso. São duas partes: a primeira se chama “Perder!” e a segunda “Viver!”. A primeira parte deve ser seguida por duas semanas e orienta 15 hábitos: alguns devem ser incluídos (como inserir um bom café da manhã) e outros eliminados (como comer enquanto assiste TV). Não há quantidades determinadas e as frutas e vegetais são ilimitados. Depois de duas semanas, vem a segunda parte, que é ensinar o indivíduo quantas calorias ele precisa e como elas estão distribuídas nos alimentos. O objetivo é criar um padrão alimentar para a vida toda, permitindo alimentos “não saudáveis” eventualmente. Devem ser evitados: gorduras saturadas e trans, colesterol e sódio.

É fácil seguir?

Médio. A primeira parte é mais difícil e restritiva, provocando uma brusca mudança de hábitos e dificultando saídas para comer fora. Mas a segunda parte traz mais liberdade de comer algo diferente de vez em quando, o que estimula a continuar seguindo a dieta.

→ Nossa opinião:

Não somos a favor de grandes restrições alimentares, pois sabemos que podem gerar compulsão e desistência da dieta. Mas achamos que é importante que exista um método que ensine o indivíduo a conhecer os alimentos ao invés de impor as regras, para que a mudança de hábitos seja definitiva. Considerando isso, a dieta é boa após as duas semanas iniciais.

6º lugar: Dieta para reduzir o colesterol (TLC)

Significado:

Essa dieta tem como objetivo reduzir os níveis do colesterol ruim (LDL) em 8 a 10% em torno de 6 semanas para prevenção de doenças cardiovasculares. A sigla TLC significa “terapia para mudança do estilo de vida”.

Como funciona:

Para aderir a essa dieta, é necessário estabelecer o valor calórico diário a ser consumido por dia. No geral, recomenda-se 2500 kcal por dia para homens e 1800 kcal para mulheres, mas se o objetivo também é a perda de peso, o valor calórico cai para 1600 kcal para homens e 1200 kcal para mulheres. Posteriormente deve-se restringir a quantidade de gordura saturada para menos de 7% do total de calorias necessárias por dia e a quantidade máxima de colesterol permitida diariamente é de 200 mg. Para isso, recomenda-se redução da ingestão de leites e derivados com alto teor de gordura, carnes gordas e embutidos. Porém, se após as 6 semanas, os níveis não tiverem reduzidos, orienta-se o acréscimo de 2g de fitoesteróis e de 10 a 25g de fibra solúvel.

É fácil seguir?

Há necessidade de cálculos e exige leitura constante dos rótulos para avaliar o teor de gordura saturada dos produtos para que não exceda a quantidade de colesterol permitida diariamente, então pode ser difícil para a maioria das pessoas, fazendo que não haja uma adesão por um longo período, além disso existe um manual online disponível, com receitas inclusas.

→ Nossa opinião:

O foco principal dessa dieta é a redução dos níveis de colesterol e acaba focando somente no controle da ingestão de gorduras saturadas e colesterol. Embora recomende a ingestão de fibras que contribui para a redução do colesterol ruim e incentive a ingestão de frutas, legumes, grãos e peixes, ela não enfatiza a importância da redução de produtos industrializados de uma forma geral, que interferem diretamente na nossa saúde. De uma forma geral, a essência de que é necessário um controle da ingestão de alimentos gordurosos e ricos em colesterol é válida e é o que recomendamos, mas talvez esse tipo de dieta acabe prendendo as pessoas na contagem de calorias e valores de gorduras, fazendo com que não tenham uma adesão por muito tempo.

7º lugar: Dieta para emagrecer (Vigilantes do Peso)

Significado:

O Vigilantes do Peso faz parte da organização Weight Watchers, que surgiu nos Estados Unidos e “prometem” a redução de até 2 quilos por semana.

Como funciona:

O processo de emagrecimento é feito por meio de programas pagos. Os participantes tem que fazer a inscrição e participar de reuniões de acompanhamento. Há sugestões de cardápios e receitas, mas tudo se baseando no controle de calorias diárias. Para isso, o programa atribui a cada comida e bebida um valor de pontos, com base na sua qualidade nutricional (maiores quantidades de gordura saturada e açúcar aumentam o valor do ponto, quantidades maiores de proteína reduzem o valor do ponto).

É fácil seguir?

Depende, pois para fazer as escolhas dos alimentos que irá consumir, tem que ficar controlando e fazendo cálculos dos pontos. Essa contagem pode ser feita online ou por aplicativos, são mais de 290.000 alimentos nos bancos de dados. Além do mais, há necessidade de um grande investimento.

→ Nossa opinião:

Esse programa orienta que se pode comer o que quiser, desde que não ultrapasse o valor máximo de pontos permitidos diariamente (esse cálculo é baseado em dados como peso, altura, idade e gênero). Sabemos que estabelecer um determinado valor calórico não é relevante se o que ingerimos for de baixa qualidade nutricional. Podemos comer 1500 kcal de alimentos saudáveis e naturais e ter um resultado positivo e duradouro, mas podemos comer 1500 kcal de alimentos sem valor nutricional algum e engordar. Se essa consciência for de fato reforçada e os indivíduos entenderem a questão do equilíbrio e moderação para resultados satisfatórios, essa dieta pode ser uma aliada pro processo de emagrecimento e mudança de estilo de vida, mas se para isso, tivermos que ficar fazendo contas ou não fazendo escolhas assertivas pode não ser uma boa alternativa.

8º lugar: Dieta da Fertilidade

Significado:

O objetivo dessa dieta é impulsionar a ovulação e melhorar a fertilidade.

Como funciona:

A dieta da fertilidade foi criada por pesquisadores de Harvard e o método é concretizado através de 10 etapas que não precisam ser seguidas simultaneamente, algumas orientações são: priorizar a ingestão de gorduras boas (poli e mono insaturadas), grão integrais, proteínas, frutas, legumes e leites e derivados integrais. Também orienta a evitar ingestão de carboidratos refinados e carnes vermelhas.

É fácil seguir?

Sim, pois orienta ingestão de alimentos naturais e não recomenda produtos industrializados, com exceção dos laticínios integrais e sorvetes. Não exige cálculos.

→ Nossa opinião:

De uma maneira geral, uma alimentação saudável e equilibrada pode sim melhorar a fertilidade, porém não há nenhuma garantia de que se ao seguir essa dieta, a mulher engravidará, então pode ser até frustrante em determinadas situações, pois a gestação envolve diversos outros fatores como os hormonais e fisiológicos.

9º lugar: Dieta para emagrecer (Volumétrica)

Significado:

Essa dieta é focada no emagrecimento e consiste em estimular o consumo de alimentos pouco calóricos que promovem a saciedade.

Como funciona:

Os alimentos são divididos em categorias: os chamados de baixíssima densidade, como frutas (figo, melancia, melão, uva, laranja e frutas vermelhas), e vegetais (folhas verdes, cenoura, beterraba, abóbora, berinjela) sem amido, leite desnatado e sopa à base de caldo; os de baixa densidade, como frutas e vegetais com amido, grãos, cereal matinal, carnes magras, legumes e pratos com baixo teor de gordura; os alimentos de média densidade: como carne, queijo, pizza, batata frita, molho de salada, pão, sorvete e bolo; e alimentos de alta densidade como biscoitos, salgadinho, doces de chocolate, biscoitos, nozes, manteiga e óleo. As comidas das categorias 1 e 2 podem ser ingeridas em grandes quantidades, o consumo dos alimentos da categoria 3 deve ser moderado e da categoria 4, evitado.

É fácil seguir?

Sim, principalmente para quem já está acostumado com a reeducação alimentar.

→ Nossa opinião:

É uma boa alternativa, pois estimula a saciedade com alimentos naturais e saudáveis. Partimos do princípio de que equilíbrio e moderação são as palavras-chaves para o processo de emagrecimento ser positivo. Essa dieta além de estimular a ingestão de água, orienta para um consumo de alimentos ricos em água também, o que é positivo para controle da saciedade.
 

10º lugar: Dieta para emagrecer (Jenny Craig)

Significado:

Além do emagrecimento, essa dieta preconiza a manutenção do peso.

Como funciona:

É um método disponível apenas nos Estados Unidos, onde as pessoas precisam fazer uma inscrição e pagar uma determinada quantia para participar do programa. Assim como na dieta dos Vigilantes do peso, existem reuniões para escolha do cardápio e orientações. No entanto, as refeições dos participantes já são pré-preparadas e entregue a eles inicialmente para melhor adesão. O programa tem variações de duração (de 3 meses a 2 anos, dependendo da necessidade). Na primeira etapa, os participantes recebem três refeições já pré-embaladas, um lanche, cinco porções de frutas e legumes e no mínimo duas porções de laticínios desnatados. Depois que o participante alcança o peso meta, ele é incentivado a preparar sua própria refeição por duas vezes na semana com receitas do próprio programa. Ao alcançar uma nova meta de peso, passa a fazer suas próprias refeições 4 vezes por semana. Há também a prescrição de planos de exercícios para os participantes e reforçam que é necessária uma mudança no estilo de vida e de comportamento. O diferencial desse programa é que tem a versão para portadores de diabetes tipo 2.

É fácil seguir?

O fato da refeição e dos lanches intermediários já estarem inclusos inicialmente, pode facilitar na adesão a mudança do padrão alimentar, porém também envolve questão financeira, porque provavelmente o investimento é alto.

→ Nossa opinião:

Por englobar mudança de alimentação e mais do que isso, estimular a manutenção do peso, além do incentivo da pratica de exercícios físicos, o programa pode ser eficaz, pois sabemos que um complementa o outro. Não inclui produtos industrializados e não faz contagem de pontos ou calorias.

Selecionamos os pontos positivos e negativos dessas melhores dietas para ficar claro visualizar o que é e o que não é correto quando pensamos na reeducação alimentar:

As 10 melhores dietas eleitas pelo mundo - Pontos Positivos X Pontos Negativos
Se você quiser saber mais, a publicação original (em inglês), está nesse link aqui: https://health.usnews.com/best-diet/best-diets-overall